Pacheco Pereira, de acordo com reportagem do Público - 9 Dezembro 2005 -, «admite que os blogues são um instrumento poderoso que permite aos internautas "aceder ao espaço público com uma voz própria", apesar de sustentar que ainda só estão massificados no número de utilizadores e servem apenas para veicular ideias de um grupo restrito.
"Não fizeram a transição para a cultura de massas".
"Já estamos a viver num mundo em que de casa sai uma voz, como se saísse fumo da chaminé. O facto de essas vozes existirem, se ouvirem, quer queiramos quer não, mudou o mundo, e vai ainda mudar mais."
"O que é novo é o alargamento do espaço público a novas fórmulas de intersubjectividade, de produção científica, de produção poética, de ciração estética e o tipo de relação que essas fórmulas têm com o mundo."
"Os fios de vozes que saem dos blogues" realizam um "trabalho de memória", que podem funcionar de forma complementar com os media tradicionais, que considera terem "falta de hábito de trabalharem com o tempo."
"A blogosfera introduz elementos de correcção ao trabalho de memória dos media." Atribui-lhe um papel de reconstrução "de uma memória colectiva em tempo real, que às vezes os media não têm."
Neste sentido, o espaço público alarga-se e enriquece-se com a enorme quantidade de elementos que o cidadão comum pode introduzir, e é aqui que entra o trabalho jornalístico, que oferece a sua qualidade de mediação.
"Os blogues não são jornalismo", embora diga haver "um terreno comunicacional comum, em que ambos poderiam ter vantagens."»
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