A moda de hostilizar o agora designado Representante da República para a Madeira deixou de ter um monopólio e alastrou-se a outros quadrantes.
Parece haver um equívoco qualquer. Como o presidente do Governo Regional reconheceu as qualidades do Juíz Conselheiro e demonstrou interesse na sua continuidade, surgiram novos hostilizadores, como se Monteiro Diniz deixasse de ser o poder regulador e o contrapoder que é e passasse a "estar feito" com o poder regional. Como se o presidente do Governo Regional nunca tivesse razão em nada do que diz ou faz, obrigando sempre a dizer e a fazer o oposto, o absolutamente contrário do que diz ou faz.
O facto de ter permanecido na Região estará a ser lido superficialmente, como se Monteiro Diniz estivesse a pensar no pequeno interesse pessoal e não nas razões elevadas que teve ocasião de explicitar. Contudo, tem-se preferido acreditar que a sua permanência e empenho se deve a qualquer motivação mesquinha.
O recente envio para o Tribunal Constitucional do polémico decreto legislativo regional que restringe fortemente a propaganda política nos espaços exteriores, como noticiou ontem o Diário de Notícias da Madeira, é esclarecedor da sua independência. Considera que o articulado aprovado pela Assembleia Legislativa da Madeira cria «uma verdadeira e própria restrição à liberdade de expressão». Direito fundamental consagrado e garantido constitucionalmente, é claro. E está em cima da mesa o Estatuto do Aluno e a Gestão das Escolas...
Deixe-se o Representante da República trabalhar e fazer o que lhe cabe fazer. Será que todos nós madeirenses fazemos o que temos a fazer?
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