«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

quarta-feira, maio 24, 2006

120. Save the Waves toma posição sobre polémica

Na página da Save the Waves encontra uma posição sobre o episódio do filme "Lost Jewel of the Atlantic". Pode ainda ver ou rever aqui o trailer.

A Save the Waves declara que o filme procurou mostrar os pontos de vista de ambos os lados:
"the film's producers attempted to show both sides of the story. "We tried to stay true to a documentary's purpose, which is to show all sides of the argument," said Henry. "We even allowed ample opportunity for the government to state their opinion, even though it runs contrary to what we believe personally."

Que a ameaça de processar judicialmente só reforça um dos temas do filme: "The reaction of Madeira's leadership only reinforces one of the central themes of the film, which is the atmosphere of government intimidation of the local population on the island" .

Que recorrer à via judicial constitui publicidade extra e reforça alguns argumentos da Save the Waves: "Frankly, we welcome the added publicity," stated Henry. "The more ranting they do, the more they reinforce our side of argument."

4 comentários:

  1. Não vi o filme nem conheço as obras em questão (já há muitos meses que não ponho os pés na Madeira). Mas conheço o suficiente da 'política ambiental' do Governo Regional para apostar o meu dinheiro no texto de Save the Waves.

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  2. Eu não aposto o meu dinhiro em ninguém, mas saudo-o, Nélio, pelo seu trabalho de denúncia e acompanhamento da situação. Assim se faz a democracia!

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  3. Obrigado pela solidariedade.
    Nesta, como noutras matérias, é importante que a opinião pública (ao menos alguma dela) tenha acesso aos vários pontos de vista (ao menos a mais do que um)e argumentos em causa. E isso não está a acontecer sobre a questão do episódio gerado (inflamado) a propósito de umas linhas escritas sobre o filme "Lost Jewel of the Atlantic".
    Nessa falta, sinto-me compelido, enquanto cidadão, sem espírito messiânico nem heroísmos, de uma forma descontraída e prazerosa, sem carregar o mundo às costas, sem pretender substituir ninguém ou falar em nome de alguém, fazer o acompanhamento (crítico) possível desta matéria, que acompanhei de perto desde o seu advento.
    Nalguns casos, tomando partido por este ou aquele argumento, dando razão a esta ou aquela parte, a este ou aquele lado.
    Para além dos factos, pode haver posição e opinião, porque o Olho de Fogo não tem a pretensão de ser um órgão de comunicação social. Embora seja um espaço de divulgação e até de notícia, claro. Algumas vezes um espaço puramente factual, outras vezes com esforço de interpretação, comentário e opinião - que procura ser intelectualmente honesta e não fulanizante, ofensiva ou difamante. Assim se procura balizar as coisas. É um estilo, uma opção. É algo que também se vai construindo e definindo. É um processo dinâmico, apesar da matriz de base definida.

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  4. ... e assim se faz a democracia, é verdade. Subscrevo a expressão registada no comentário de Sancho Gomes. A liberdade de expressão é fundamental. Mesmo num lugar - fruto de certas radicalizações políticas - em que a liberdade de expressão, discordância, dissidência ou crítica tenham adquirido significados radicais e sejam equiparados a ataque, sabotagem ou estar contra tudo e todos. Mostra quanto é frágil a tolerância e escassa a capacidade de encaixe de ideias diferentes e autónomas. Tudo o que se mexa é contra, é ataque.
    Democracia participativa é os cidadãos poderem pronunciar-se sobre os assuntos que os implicam e lhes dizem directamente respeito, que alteram as suas vidas. Algo que deveria ser tão natural como respirar. Caso contrário, continuaremos a ser uma sociedade infantilizada, não empreendedora, não autónoma, que conta sempre com uma figura tutelar para tudo pensar, tudo decidir, tudo fazer, tudo resolver e tudo providenciar.

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