«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

domingo, julho 02, 2006

3. Eclipse

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Ricardo, o herói do jogo com a Inglaterra, eclipsou as comemorações do Dia da Autonomia, transformando-o num dia de Portugal ("Viva a selecção. O resto é conversa..." diz o título de um artigo no Diário), mais que o 10 de Junho, monopolizando os media e a atenção dos madeirenses, com muitos a ir para a rua buzinar e gritar empunhando bandeiras verdes e vermelhas. Por alguma razão o assunto é hoje manchete do Diário de Notícias da Madeira: "Ricardo e Ronaldo arrancaram aplausos até na missa da Sé". Mesmo o Jornal da Madeira viu-se obrigado a eclipsar as comemorações do Dia da Autonomia na primeira página.
Por outro lado, não se viu o mar de bandeiras azul e amarelas nas casas, fruto, crê-se, do azar da coincidência com o Mundial de Futebol. Mas seria bom analisar se esse não astear da bandeira madeirense, em boa parte das casas, se deve apenas a esse facto ou se constitui um sinal socio-político - uma espécie de voto em branco como quem não quer a coisa? Se está para descobrir um madeirense que não seja autonomista, por que razão boa parte deles não asteou a bandeira nas habitações? Perguntem-lhes.
Nota: será que é desta que os críticos de Ricardo (pró Ponto da Costa e Vítor Baía) se calam de vez? Defender 3 penalties, que foram bem marcados (e quase defender o quarto) é, possivelmente, inédito num Mundial de Futebol.

2 comentários:

  1. Nélio,

    Confirmas, in loco, o que previ que tinha acontecido na região, mesmo que pelas razões erradas, ou seja, o futebol. Está na hora de acabar com esta febre de bandeiras, com os nacionalismos e regionalismos que não têm contexto válido.

    Quanto ao Ricardo foi brilhante, palavra dum confesso admirador da carreira e qualidade do Baía.

    Abraço,

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  2. O Jardim é um oportunista, ao dizer que o Cristiano é fruto da sua política DESPORTIVA.
    O Cristiano Ronaldo foi para Lisboa aos 10 anos e o Andorinha nem recebia dinheiro para mandar cantar um cego

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