O Diário noticia hoje que os actuais deputados "independentes" (eleitos nas listas do PS-M mas passaram a essa condição "independente" devido a ruptura política), na Assembleia Legislativa da Madeira, serão candidatos às regionais antecipadas. Bem pode o maior partido da oposição dizer que uma desgraça nunca vem só.
Mistura-se (instrumentaliza-se) as causas cívicas - o Movimento de Intervenção e Cidadania -, com o combate político - as eleições regionais. Como diz o Diário, aquele movimento cívico nacional «está na base da decisão de avançar para as eleições», por parte dos "independentes" da Assembleia Legislativa da Madeira. Desta forma, o MIC é envolvido nas regionais antecipadas. Não se sabe o que o MIC pensa de, alegadamente, estar «na base da decisão» de alguns políticos para «avançar para as eleições». Embora se saiba, à partida, que não faz sentido que o MIC aceitasse um envolvimento político.
Tira-se, ainda, partido (oportunisticamente) do eleitorado da candidatura presidencial de Manuel Alegre como trampolim para ambições - endémico interesse pessoal - e desforras político-partidárias («o eleitorado socialista será o alvo prioritário desta candidatura»).
As eleições regionais antecipadas de 2007 prometem. Se os cidadãos já andam de costas avessas a partidos, por este caminhar ainda se tornam avessos e descrentes face a movimentos (que se dizem) cívicos. Isto de políticos formarem e liderarem movimentos cívicos tem, no mínimo, pouco de espontâneo.
Como é evidente o MIC e a Helena Roseta deviam vir a público desmentir qualquer ligação aos chamados independentes neste contexto das eleições antecipadas pois há sempre algum ignorante que vá nesta cantiga!
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