«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

sábado, março 31, 2007

Campanhas milionárias em tempo de crise

Toca a reformular o cartaz: "PSD e PS tiram milhões, assim o CDS-PP não brinca às eleições".

«Em tempo de vacas magras - as eleições antecipadas foram provocadas pela demissão de Jardim como forma de protesto pelos cortes feitos por Lisboa na Lei de Finanças Regionais -, os social-democratas revelam ter mãos largas, por exemplo, nos gastos em comícios, espectáculos e caravanas: 1,4 milhões de euros. É aqui que entram despesas como o 'cachet' de Tony Carreira, um dos cantores 'pimba' cuja presença na campanha o DIÁRIO já noticiou. No mesmo item, o PS coloca uma verba de 450 mil euros.» (Diário, 31.03.2007)

Se um político se demite por lhe tirarem milhões, os cidadãos não podem demitir-se por lhes sacarem outros milhões?

É uma afronta aos madeirenses que estão a viver dificuldades na actual conjuntura o facto hoje adiantado pelo Diário: «PSD e PS gastam milhões na campanha eleitoral». Uma subida de 267% para o PSD-M e de 535% para o PS-M, relativamente ao acto eleitoral de 2004. É para isto que se quer mais dinheiro de Lisboa? A Madeira vai gastar, em 2007, em época de aperto, «mais 3,5 milhões do que no sufrágio anterior».

"Estamos preparados", pois estamos a ver. "Contra a injustiça", estamos mesmo a ver. Os eleitores-contribuintes bem podem aplicar slogans como "já estamos a perder" ou "a Madeira já perdeu".

Para além disso, como aponta a manchete do Diário, Eleições viciadas, o «'Bloco Central' [PSD e PS], com o famoso 'jackpot' no bolso conseguido na Assembleia, joga assim num campeonato completamente à parte das restantes candidaturas.» O PSD-M vai gastar cerca de «três milhões de euros» e o PS-M à volta de «1,3 milhões de euros» «nos treze dias que antecedem a ida às urnas».

Quem disse que iria fazer uma campanha baratinha e sem muito barulho, cujo máximo seria «'um cartazinho' de propaganda e a cobertura dos Galáxia»? Não se tinham acabado as «cantorias»? Aí temos o Tony Carreira, talvez o cantor popular (pimba) mais caro do mercado... será 1,4 milhões de euros em comícios, espectáculos e caravanas coisa pouca?

2 comentários:

  1. Os 'artistas' anunciados só com muita boa vontade e ouvido duro podem ser considerados "cantores", por isso no item «cantorias» o AJJ mantém-se fiel ao prometido! :p

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  2. Quem será o bufo que a Quinat Vigia tem na RTP-M para provocar esta reação do chefe:
    Jardim diz que RTP quer deslocar meios do Continente para cobrir a campanha eleitoral
    Para o líder do executivo madeirense esta é "uma despesa desnecessária a suportar indirectamente pelos contribuintes portugueses"
    Data: 31-03-2007

    O presidente do governo da Madeira em exercício, Alberto João Jardim, criticou a administração da RTP por alegadamente pretender deslocar para a Região meios do Continente para efectuar a cobertura da próxima campanha eleitoral.

    Em carta endereçada ao presidente do Conselho de Administração da Radiotelevisão Portuguesa, Jardim afirma que, a concretizar-se esta medida é "uma despesa desnecessária a suportar indirectamente pelos contribuintes portugueses".

    Esta reacção de Jardim surge na sequência de informações que, disse, lhe chegaram e segundo as quais "a RTP pretende deslocar para a Madeira um carro de exteriores e equipas de reportagem, quando da campanha eleitoral".

    Para Jardim trata-se de "uma desconsideração e uma secundarização aos excelentes e sérios profissionais com que felizmente o Centro Regional da Madeira conta".

    As eleições regionais realizam-se dia 06 de Maio e a campanha eleitoral decorre entre 22 de Abril e 4 de Maio.

    Na mesma carta dirigida a Almerindo Marques, Jardim protesta também formalmente por a RTP ter preenchido o tempo de intervalo do jogo de futebol Sérvia-Portugal, na passada quarta-feira, com uma reportagem sobre o desastre aéreo ocorrido na Madeira em 1977.

    "Como se nada mais houvesse para oferecer aos telespectadores, quando a Região tem hoje um aeroporto intercontinental, totalmente diferente e prémio mundial da engenharia", escreve.

    Jardim considera que a ocultação desses dados durante essa reportagem poderá ser encarado como "uma sabotagem económica a uma região autónoma onde o turismo é decisivo para o bem-estar da população".

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