Nem tudo na Madeira é um jardim... Para quem anda a reclamar que andamos melhor que o Continente, os últimos dados sobre o Rendimento Social de Inserção (RSI) dizem que em pobreza não ficamos atrás.
Destinado à satisfação de «necessidades essenciais» (combate à pobreza) e ao favorecimento da progressiva «inserção laboral, social e comunitária» de pessoas e agregados familiares, o RSI «abrange mais de três mil famílias» na Madeira, segundo número divulgados pelo Diário (9.8.2007), com base em dados da Segurança Social relativos ao final de 2006.
«O crescimento desta prestação foi substancial entre 2005 e 2006, tendo o total de famílias beneficiárias aumentado de 1.910 para mais das três mil registadas no ano passado. O aumento foi na ordem dos 43%», acompanhando a média nacional desse aumento de beneficiários pelos 42%.
Além do aumento acentuado, em 2006, a Região «voltou a ter o mais elevado valor médio mensal da prestação de RSI do país. A média nacional aponta para que um beneficiário tenha recebido mensalmente em 2006 cerca de 77 euros. Na Madeira, o valor médio mensal processado por beneficiário foi de 95,90 euros.»
Se tomarmos as conta a proporcionalidade, 123.538 famílias portuguesas que beneficiaram deste subsídio em 2006, em 11 milhões, é igual a 1,12%. Na Madeira, 3.368 usufruidores do RSI, em 245 mil, é 1,37% da população.
Recorde-se que, recentemente, segundo notícia no Diário (15.7.2007), a CDU denunciou que, além da separação entre os madeirenses pobres e ricos [na Madeira existem 314 cidadãos considerados ricos e 53.600 considerados pobres], os residentes nesta Região "são os portugueses mais pobres" [...] e que os trabalhadores madeirenses têm "salário médio inferior aos restantes trabalhadores portugueses". No caso dos trabalhadores por conta de outrem, a média salarial é inferior à nacional em 4,5 por cento.»
Ainda segundo a CDU, 6.972 famílias da Região vivem com um rendimento médio mensal de 145 euros.
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