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O actual Governo da República descobriu como fazer omoletes sem ovos, como se na Educação fosse possível fazer magia. Alguma coisa ficará por fazer ou se fará pior, por mais que se intensifique o horário de trabalho e se burocratize as tarefas dos professores.
E anda muito boa gente a comprar a propaganda do corte de investimento na Educação, sem sequer pensar nas repercussões que isso terá no ensino.
Intensificação do trabalho, aumento da carga lectiva, mais responsabilidades, mais precariedade laboral, menos condições de trabalho, menos tempo para o trabalho pedagógico, menos salário e menos carreira para os docentes será igual a mais qualidade? Mais alunos e menos professores será igual a mais qualidade?
Por um lado, invoca-se a diminuição do número de alunos (natalidade do país) para justificar o despedimento de professores. Por outro lado, para servir a propaganda da eficiência, o Primeiro Ministro sublinha o aumento do número de alunos no sistema educativo, para esconder tudo o que não inrteressa ver.
Na mesma medida em que a diminuição de alunos é utilizada para justificar o encerramento de escolas e o despedimento de professores, por que razão o aumento de alunos (que se saúda) já não justifica o aumento de escolas e professores?
Qual a explicação para «um dos maiores despedimentos colectivos até hoje realizados em Portugal» [cerca dos 13 mil] que o ME acaba de levar a cabo?
«O aumento (irracional) da carga lectiva dos professores do ensino secundário e do ensino especial, a manutenção de turmas com 28 ou mais alunos, o não desdobramento de turmas em disciplinas em que tal se impõe, a recusa irracional de destacamentos para funções técnico-pedagógicas, de que o caso mais absurdo é o desperdício do saber acumulado durante muitos anos pelos orientadores vocacionais, obrigados a regressar ao ensino de disciplinas de que estão há muito afastados, a supressão de reduções de horário para o exercício de cargos nas escolas.»
Não se esqueça ainda as «consequências do aumento da idade para a aposentação, fazendo com que se mantenham no serviço activo docentes cujas condições para o seu exercício não são já as melhores» (António Avelãs, FENPROF).
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