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Foi com espanto e tristeza que muitos, certamente, tomaram conhecimento do despedimento do carismático fotógrafo do Diário.
Rui Marote é uma referência do jornalismo regional. É uma instituição dentro da instituição Diário de Notícias da Madeira. A imagem do jornal, literal e não literalmente, passa também pelo referido fotógrafo, de personalidade expansiva e cativante, além de tecnicamente competente.
Não me interessa aqui discutir os contornos da questão, muito menos tomar partido, que diz respeito apenas às duas partes, na posse de todos os elementos. Respeito tanto o Diário como Rui Marote, respeito ganho nos mais de dez anos que colaborei com o jornal, uma experiência muito positiva. Por isso, tenho pena que tanto o Diário como o profissional da fotografia saiam ambos prejudicados, para já. E não sabemos quem sairá, no final, com mais prejuízo.
E lembrei-me das palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, há umas semanas, quando se pronunciou sobre a tentativa de despedimento de um dos profissionais de maior notoriedade da RTP, José Rodrigues dos Santos.
O professor, ainda por cima jurista, aconselhou à direcção da televisão pública que verificasse se a sua decisão tinha sustentatação legal, sem riscos de perder a causa.
Marcelo Rebelo de Sousa dizia-o perante a possibilidade de, no caso de o despedimento não estar fundamentado, José Rodrigues dos Santos ganhar a acção em tribunal e dar lugar a uma pesada indemnização, que atingiria os cofres da RTP.
Isto para além de todas as repercussões públicas e além do facto de um processo em tribunal expõe questões internas, já que cada parte procura fazer valer os seus argumentos e ganhar a disputa.
Ás vezes vamos buscar lã e saímos tosquiados...
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