No momento em que há um revivalismo do thrash metal, a forçar um update, pareceu-me oportuno fazer uma revisão da minha discografia no que toca ao género.
O novo projecto ENEMY OF THE SUN com Shadows, The formation of damnation dos velhos TESTAMENT e o registo inaugural (Inflikted) de CAVALERA CONSPIRACY, a nova banda de Max e Igor Cavalera, precipitaram-me para o music room. Os lendários DEATH ANGEL também retornam à cena thrash com Killing Season. Cheguei a ter o Act III (1990) mas nunca me arrebatou.
Simultaneamente, no actual momento político e social, a audição de alguns destes álbuns tem a vantagem de me pôr bem disposto.
Actividade melómana que funciona como antídoto face a liberalizações aéreas com poucas garantias para os residentes ou ao custo dos combustíveis na Madeira, apesar do IVA ser cá mais barato seis valores, só para dar dois exemplos.
Comecei por SEPULTURA. O Roots nem preciso ouvir porque é basilar numa discografia que inclua rock pesado. Ouço Chaos AD hoje e fica a sensação de estar um pouco datado, mas não suficiente para me desfazer dele. Além destes dois, mantenho Nation da era sem Max Cavalera.
O álbum de CAVALERA CONSPIRACY parece demasiado thrash old school... Esperaria mais audacidade criativa. Não esquecer que SOULFLY, o projecto a solo de Max Cavalera pós-SEPULTURA, editará em breve Conquer.
Passei depois por TESTAMENT. Não me consigo desfazer de nenhum dos álbuns que tenho. Pelo menos para já. Vieram então os FLOTSAM AND JETSAM e decidi ficar pelo Unnatural selection. GRIP INC é também obrigatório, como METALLICA, embora os discos da década de oitenta dos autores de "Enter sandman" soem datados e quase nunca os oiça, apesar de os ter em vinil. Têm um som muito fininho, com poucos graves, se compararmos com a sonoridade das edições da década de 90 e da actualidade.
SLAYER, PANTERA, PRONG, SOULFLY, MACHINE HEAD, SODOM, SACRED REICH, KREATOR, MEGADETH, SOILWORK, DESTRUCTION, ANTHRAX, GZR, MASSACRA e PRO-PAIN são outros nomes presentes. De PANTERA mantenho toda a discografia. MESHUGGAH é outro nome de referência. Têm um novo disco, Obzen, que é mais directo e menos experimental do que o anterior, para pena minha.
A tendência tem sido manter os discos da década de 90 em diante. Por uma questão de qualidade de som. Há metal dos anos 70 e 80 com péssimas produções. Um disco rock sem frequências graves ou com uma vocalização e/ou guitarras esganiçadas empobrece o prazer de audição. Subtrai intensidade e impacto. Preciso de sentir o calor do subwoofer.
Por outro lado, fui-me distanciando e vendendo os discos de heavy metal clássico porque cansei-me de solos e mais solos de guitarra. Já não tenho MANOWAR, IRON MAIDEN, HELLOWEEN, INGWIE MALMSTEEN, STEVE VAI, entre outros. MOTORHEAD mantenho. Há lá punk rock à mistura. Gosto de power e groove. Por isso gosto de thrash, death, industrial, hardcore metal e rock alternativo mais intenso.
Oxalá o revivalismo thrash metal não enverede apenas pela fórmula old school e procure novas fronteiras para o estilo. Ao menos não abusem muitos dos solos (exibicionistas e pomposos). O thrash metal em 2008 não pode ser a repetição do thrash metal dos anos 80.
Para já, ENEMY OF THE SUN parece marcar a diferença. É um projecto do mentor de GRIP INC, Waldemar Sorychta, que já produziu MOONSPELL. GRIP INC foi desactivado quando Dave Lombardo regressou aos SLAYER. Falta-me um disco de GRIP INC mas hei-de deitar-lhe as mãos porque é do melhor em termos de thrash metal, com elementos hardcore e progressistas.
Meu caro,
ResponderEliminarCreio que está em falta qualquer coisa de Napalm Death e, numa vertente muito mais abrangente, talvez os Painkiller.
Boas audições
Obrigado pelo comentário. NAPALM DEATH faz parte da secção do death metal. Um dias destes por lá passarei. Já vendi muita coisa e mantenho apenas um núcleo duro.
ResponderEliminarQuanto aos PAINKILLER, nunca comprei um disco. Não os conheço bem.
Keep rocking.