Para os funcionários públicos é um Orçamento cor-de-rosa, os maiores aumentos desde 2001, tendo em conta as expectactivas de crescimento real dos salários.
Os 2,9% propostos pelo Executivo de José Sócrates, quatro décimas acima da previsão de inflação para 2009, é o primeiro aumento do salário real dos funcionários públicos desde o ano 2000.
Mesmo que, no meio de tanta incerteza e imprevisibilidade económica, face à crise financeira mundial, a inflação no ano que vem não se fique nos 2,5%, este é um bom aumento. Não se pode dizer criticar apenas por criticar.
A inflação poderá não ficar nos 2,5, poderá mesmo chegar aos 2,9, mas também a previsão de 3,9 que faz Carvalho da Silva da CGTP, ao dizer que o aumento salarial implicará uma «perda de um ponto percentual no poder de compra», é um tiro no escuro.
Ouvi algumas declarações sindicais hoje que já deveriam estar preparadas fosse qual fosse a proposta do Governo. São sempre as mesmas reacções. Qualquer pessoa gostaria que fosse mais, mas confesso que não esperava face à actual conjuntura.
José Sócrates decidiu ser mais generoso com o funcionalismo público para: 1- compensar parte das suas perdas desde pelo menos há sete anos; 2- face ao ano eleitoral que se avizinha e 3- devido à crise internacional.
No Portugal Diário pode ler-se: «A economia está estagnada, a crise internacional é evidente e, mesmo assim, os aumentos salariais para a Função Pública são os maiores desde 2001.» Conjuntura adversa que valoriza o aumento salarial proposto.
É um orçamento mais amigo dos cidadãos contribuintes, que também ajudará a esbater um pouco a agravação da crise económica e subsequente crise social que aí vem.
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