Depois de ter perdido a sua presidente, o Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP), órgão criado pelo Ministério da Educação (ME) para supervisionar este processo, conta desde o mês passado com menos outro membro.
José Matias Alves, professor do ensino secundário, nega que a sua saída tenha a ver com as polémicas em torno do novo regime de avaliação de desempenho dos docentes. Mas não deixa de criticar o processo. "O pensamento e acção do CCAP, expressos nas suas recomendações, não tiveram o impacto e a influência que a meu ver deveriam ter. E corre o risco de ser um órgão inútil", escreveu Matias Alves no seu blogue Terrear.
Ao PÚBLICO, este professor de Gondomar lamentou que as últimas recomendações do CCAP, aprovadas à data da última reunião deste órgão (em Julho), não tenham tido qualquer efeito.
Uma das orientações mais controversas, já que contrariavam o discurso oficial do ME, dizia respeito à utilização dos resultados escolares. O CCAP recomendou que as classificações dos alunos não fossem "objecto de aferição quantitativa" em 2008/2009 , para efeitos de avaliação dos professores. Sugeriu antes a adopção de medidas "que capacitem os docentes, de modo a garantir a utilização correcta dos resultados escolares".
A propósito, diz Matias Alves:
Ainda sobre a inutilidade do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores
Sobre o processo de avaliação dos professores
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