Nélio, Como era a avaliação anteriormente? Uma folha A4 preenchida no domingo à tarde? Estou a brincar. Parece-me que o argumento do excesso de burocracia é exagerado. Existirá um esforço elevado para implementar o sistema de recolha e tratamento de informação que apenas terá impacto no inicio do processo, mas a componente da autoavaliação é relativamente simples e reduzida.
A avaliação do desempenho profissional da actividade docente é muito complexa e envolve muitos meios para ser minimamente séria. Não é como o operário numa fábrica de panelas, que ao fim do dia conta o número de panelas e isso é igual à sua produtividade.
Seja que avaliação for, só mesmo um professor descuidado não terá pelo menos bom. Daí as quotas... para impedir os docentes de avançar na carreira, mesmo que provem o seu mérito.
A avaliação apenas servirá para detectar os casos graves, de manifesta incompetência. Mas, para esses casos, já existem mecanismos. As direcções das escolas podem requerer a intervenção da inspecção.
Assim, ao menos que seja um modelo de avaliação que não desvie os professores da tarefa de ensinar ou a secundarizem.
Uma escola não é uma empresa ou uma fábrica de panelas. Tem lógicas próprias, que não tenho paciência para repetir. Colocar os docentes numa competição feroz uns com os outros pode trazer mais desvantagens para a escola e os alunos do que vantagens, porque o trabalho docente deve ser o mais cooperativo possível, sobretudo no ensino básico e secundário.
Quanto ao anterior modelo de avaliação, ele já previa a diferenciação. Só que, durante os 15 anos em que vigorou, os governos recusaram regulamentar essa matéria, apesar da insistência dos sindicatos para que o fizessem.
E isso os políticos, como a actual ministra da Educação, escondem da opinião pública, para passar a falsa ideia de que os docentes não querem ser avaliados.
É pena a greve geral no ensino só estar agendada para 19 de Janeiro, porque a vontade é paralisar já.
Nélio,
ResponderEliminarComo era a avaliação anteriormente?
Uma folha A4 preenchida no domingo à tarde?
Estou a brincar. Parece-me que o argumento do excesso de burocracia é exagerado. Existirá um esforço elevado para implementar o sistema de recolha e tratamento de informação que apenas terá impacto no inicio do processo, mas a componente da autoavaliação é relativamente simples e reduzida.
Viva.
ResponderEliminarA avaliação do desempenho profissional da actividade docente é muito complexa e envolve muitos meios para ser minimamente séria. Não é como o operário numa fábrica de panelas, que ao fim do dia conta o número de panelas e isso é igual à sua produtividade.
Seja que avaliação for, só mesmo um professor descuidado não terá pelo menos bom. Daí as quotas... para impedir os docentes de avançar na carreira, mesmo que provem o seu mérito.
A avaliação apenas servirá para detectar os casos graves, de manifesta incompetência. Mas, para esses casos, já existem mecanismos. As direcções das escolas podem requerer a intervenção da inspecção.
Assim, ao menos que seja um modelo de avaliação que não desvie os professores da tarefa de ensinar ou a secundarizem.
Uma escola não é uma empresa ou uma fábrica de panelas. Tem lógicas próprias, que não tenho paciência para repetir. Colocar os docentes numa competição feroz uns com os outros pode trazer mais desvantagens para a escola e os alunos do que vantagens, porque o trabalho docente deve ser o mais cooperativo possível, sobretudo no ensino básico e secundário.
Quanto ao anterior modelo de avaliação, ele já previa a diferenciação. Só que, durante os 15 anos em que vigorou, os governos recusaram regulamentar essa matéria, apesar da insistência dos sindicatos para que o fizessem.
E isso os políticos, como a actual ministra da Educação, escondem da opinião pública, para passar a falsa ideia de que os docentes não querem ser avaliados.
É pena a greve geral no ensino só estar agendada para 19 de Janeiro, porque a vontade é paralisar já.
Abraço.