«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

sábado, janeiro 03, 2009

Terá o Olho de Fogo uma mão numa lata de tinta vermelha?


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- Mãos, pés e cabeça [2 votos: 8%]
- É mais do estilo uma no cravo (esquerda) e outra na ferradura (direita) [3 votos: 16%]
- Voz cívica mas apolítico-apartidária [12 votos: 48%]
- Não. Joga para a direita [zero votos: 0%]
- Nada disso, é um anarquista [7 votos: 28%]

8 comentários:

  1. Bem Nélio. Completamente em desacordo. Provavelmente a maioria dos leitores do seu blog tem uma lata de tinta vermelha na mão. É uma voz cívica, mas perde por ser demasiado partidária, ou pelo menos revela uma queda demasiado clara. De anarquista não tem rigorosamente um único traço. O que o Nélio faz com a região da madeira tem o mesmo tom que o Alberto João, por exemplo, faz com a política nacional. Desculpe a minha sinceridade mas realmente o grande defeito da grande parte do que escreve é ser demasiado PS e demasiado ideológico como com a questão do Rabaçal e das praias de areia.

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  2. O Rolando é livre de considerar as opiniões dos outros erradas, falsas, inviesadas ou tentar conotá-las com isto ou aquilo. Ao menos não coloca em causa o direito à opinião, o que já é muito bom.

    Espirrar é um acto político na Madeira. Quem discorda ou critica é etiquetado como "socialista", "comunista", "fascista", "ideológico" ou o que der mais jeito, por quem está no poder ou tem uma mão numa lata de tinta da cor do poder.

    A velha técnica do "red baiting" (acção de acusar alguém de ser comunista, socialista ou, num sentido mais abrangente, de esquerda, sobretudo com a intenção de desacreditar os ARGUMENTOS, as IDEIAS ou OPINIÕES desse alguém) não foi uma invenção madeirense. Já nos EUA dos anos 50 Joseph McCarthy usou da estratégia e até acabou mal com a sua "caça às bruxas".

    Na Madeira, além do Red-baiting (comunistas, sindicalistas, entre outra terminologia clássica) ser ainda a fórmula demagógica habitual para desacreditar políticos, cidadãos e ideias, já se aplicam novos termos: "terrorismo", "ayatollahs", "talibans", "manobras organizadas contra a Madeira", "anti-autonomistas", "colonialistas", "fascistas" ou "sabotadores".

    (Curioso que o termo "anarquista" não faz parte dessa lista de diabolização... E eu a pensar que o anarquismo tinha uma conotação negativa... Nem os "beat the bastards" ou "fuck the system" neste blogue me dão direito a um traço anarquista... nem um tracinho... estou desiludido...)

    O poder, seja ele qual for, embora não goste, precisa é de cidadãos críticos (além de uma oposição político-partidária competente no quadro institucional). O poder tem sempre bajuladores e unanimismos de sobra porque é mais cómodo e fácil estar colado a quem manda. Precisa é de fiscalização cívica e democrática para defesa do bem comum.

    O Rolando poderia dizer que sou militante na defesa das características autênticas e do exotismo da Madeira, factores dos quais depende o turismo madeirense de qualidade. Considero que a intervenção programada para o Rabaçal e as praias falsas de areia amarela são dispendiosas e ferem o nosso património natural, rico e exuberante. Pelas muitas razões, objectivas e subjectivas, já escritas neste blogue.

    Abraço :)

    P.S. a última prova do "socialismo" deste blogue é ter concordado com a posição de Cavaco Silva a respeito de algumas normas do Estatuto dos Açores proposto pelo governo PS...(http://olhodefogo.blogspot.com/2008/12/estou-com-cavaco-silva.html)

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  3. Olá Nélio,
    Não estou certo que o que referiu como estigma político na madeira se me aplique, já que resido na Madeira somente há oito anos. Mas como defendo que os madeirenses e em especial, os políticos madeirenses não são em nada diferentes dos do continente, até é provável que tal fórmula se me aplique. Mas confesso que gostava mesmo de não cair nesse lugar comum que é pensar que se é do contra tem de se pertencer a um partido ou a uma clique, sem atribuir o mérito do pensamento crítico autónomo. A realidade é que apesar do bom sentido crítico do Nélio, deixa passar com facilidade o crivo anti PSD Madeira. O próprio Nélio uma vez referiu que a crítica se bão serve para colocar em causa para que serve? Foi algo assim que referiu, espero não estar a deturpar. É verdade que a crítica deve colocar em causa. Estou certo que até dentro do PSD Madeira há crítica desta. Para fazer crítica de facto não é preciso pertencer às seitas.
    Finalmente não creio que a prova que me deu no final do seu comentário seja uma boa prova, já que, a exemplo, o PS Madeira está muitas das vezes desajustado do PS Nacional e o próprio Cavaco, muitas vezes ajustado ao PS nacional.
    Nada do que eu disse retira o mérito do seu excelente blog que tem sido uma boa referência para aprender mais umas coisas. E neste sentido eu devia era estar calado :-)
    obrigado

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  4. Não há diferenças? Nada distingue a Madeira do Continente? Olhe que não...

    Sobre os traços endémicos dos políticos madeirenses e a vida democrática na Madeira, o Representante da República, Monteiro Diniz, deu há pouco tempo uma lição que deveria ser adoptada pelos manuais da História, nas escolas desta Região. A partir deste link (http://olhodefogo.blogspot.com/2008/11/lio-de-monteiro-diniz-parte-3.html) é possível aceder ao resto sobre o assunto, em links adicionais. Faço minhas as palavras do Juíz Conselheiro, que sabe mais da Madeira e a nossa estrutura cultural/comportamental do que a maioria dos madeirenses.

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  5. Nélio,
    é a mesma pulhice, a mesma forma de fazer política, a mesma criticazinha de caserna. Aliás um dos aspectos que me chamou a atenção quando cheguei à ilha foi o forte sentido da nacionalidade. Claro está que, por exemplo, os nossos colegas do continente são genios exímios a notar diferenças nos alunos ao fim de uma ou duas semanas, mas eu não tenho esse poder e ao fim destes anos todos, para além de usarem menos roupa e um traço diferente no sotaque, não noto diferenças significativas ou pelo menos que sejam relevantes para diferenciar um povo. O continente está cheio de caciques políticos bem piores que o da Madeira, casos da Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Isaltino Morais, só para citar os mais espanpanantes. Faz-se política da mesma forma que cá, que é dizer mal dos que lá estão para caçar votos. E o povo não manifesta diferenças significativas. Por vezes até me espanto com os madeirenses quando abordam a sua realidade como se eu não a conhecesse do continente na mesmissíma medida. Claro que observo muita hipócrisia continental dos putos que vem das aldeias do norte e chegam com pinta de quem vem da verdadeira civilização. Acho isso tão idiota como os madeirenses aceitarem passivamente essa merda. Mas é provavel que a maioria das pessoas se comportem como bestas. Nunca fui capaz de me identificar com os discursos divisórios, já que não penso que exista sequer divisão. Aliás, o maior obstáculo para a independência da madeira seria cultural e não económico, ao contrário do que se pensa. Claro que deve achar esta minha afirmação bizarra, mas paciência, basta olhar para o mundo e perceber que a capacidade de produção de matérias primas não é a única fonte de rendimentos nas economias contemporâneas.
    Ainda não li o que disse Monteiro Diniz, mas será um político a pessoa indicada para nos falar destas coisas?
    abraço

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  6. Rolando não vives neste mundo? Que se entenda: nesta ilha?

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  7. Anónimo,
    Não pá, vivo num planeta distante e tenho antenas na cabeça. Por quê? Tu vives neste mundo ou nesta ilha?

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  8. Desculpa amigo Rolando. Esqueci-me de assinar. Liliana. Sim, Rolando. Vives aqui há quanto tempo? Eu, como sabes, desde que nasci. Excepto durante a nossa faculdade. Conheces o Rabaçal? Imaginas o mal que se fará ali? Nadaste nas 25 Fontes? A gélida Lagoa do Vento? O Risco? Até quando temos de desculpar a trapalhada e a destruição da Madeira em nome de um governo legitimamente eleito? Isso significa que a maioria tem sempre razão? Conheces outra política que não seja o betão? E sim, Rolando. Há uma grande diferença entre os políticos nacionais, da RAA e os da RAM. Aqui são os mesmos já lá vão 30 anos. Isto tanto serve à direita como à esquerda. Dizer basta é ser de esquerda? Precisas assim tanto da rotulação para garantir a tradicional catalogação esquerda/direita? Então e o pensamento crítico? Não. Não temos de nos acomodar todos. "Recomeçamos. Não nos renderemos". Lembraste? Gustafsson? Nem Diniz Monteiro serve para criticar? Calamo-nos todos? (desculpem lá não assinar mas não dou com o jeito. Infoexcluída).

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