«Não contem comigo para gritar, não preciso de gritar para me fazer entender. Não contem comigo para estilos de arrogância, porque não preciso de intimidar para dizer o que é preciso fazer».
Carlos Queiroz
Seleccionador Nacional de Futebol
10.02.2009
É pena que quem não actua com agressividade, com gritos, com marcação homem a homem, entre outras formas de intimidação, seja encarado, na nossa cultura, como sinal de fraqueza e de falta de pulso ou determinação. Não é levado a sério. Como se ainda estivessemos num estádio anterior da civilização.
O que não diria Gandhi, esse expoente da estratégia da não-violência, que um dia afirmou que "não existe um caminho para paz! A paz é o caminho!"
Por mais que CarlosQueiroz tenha razão, a sua postura elevada e de não-violência terá mais frutos numa cultura como a inglesa, onde trabalhou muito tempo no Manchester, do que numa cultura latina como a portuguesa, em que as pessoas não se fazem ouvir pela força da razão do argumento mas pelo volume do berro, em que as pessoas não sabem mover-se em espaços de liberdade e responsabilidade, são incapazes de comportamento auto-determinado e precisam de um ditador a controlar e a dar ordens.
Há quem não leve a sério quem não age como um sargento, com dureza e hostilidade.
Quem sabe se não foi essa postura que garantiu o sucesso de Scolari na nossa Selecção e o seu insucesso no Chelsea.
Penso que Carlos Queiroz quer marcar um diferença relativamente a Scolari.
Sem comentários:
Enviar um comentário