Noticiou o Diário que o presidente do Governo Regional da Madeira, «desde o início do ano, já esteve cerca de 30 dias fora da Madeira. A manter-se a média, até ao fim do ano, serão três meses fora... mais as férias.» A manter-se a média, significaria «um terço do ano a viajar ou em férias.»
Ora eu acho muito bem. Para manter a sanidade e fintar os males endémicos madeirenses é preciso arejar de vez em quando. É preciso sair da ilha. Daí a importância de haver formas de fuga económicas, seja por mar ou ar.
O presidente do Governo Regional afirmou, ao que parece em 2008: «estou farto da mediocridade madeirense. Não estou para aturar isto.» Um homem não é de ferro. Quem pode dar umas «escapadinhas» deve fazê-lo. Para não mirrar nem andar curvado a olhar para o chão.
Hoje em dia, as comunicações, graças à Internet, ajudaram muito a quebrar o isolamento do viver na Madeira. Contudo, as mentalidades teimam em não se transformarem. A vida quotidiana continua a ser muito limitada: demasiado tempo de capacete.
Conta ainda o Diário que as «ausências de Jardim tornaram-se mais frequentes nos dois últimos anos, desde as eleições regionais antecipadas de 6 de Maio de 2007 e já suscitaram diversas críticas da oposição. Para alguns partidos, o Presidente do Governo está "em trânsito" pela Região, entre duas viagens.» Será mais inveja, esse mal endémico supremo, do que outra coisa...
Como bem compreendo o presidente do Governo Regional. Por isso, não posso atirar nenhuma pedra, apesar de ser possível limitar certas despesas nessas deslocações. Só tenho pena as viagens não serem ainda mais baratas para os residentes.
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