Muito próximo dos resultados finais, pouco mais de 1.127.000 votos para o PSD e 945.000 para o PS. Significa que, sendo a diferença cerca de 182 mil votos, os cerca de 140 mil professores portugueses terão feito a sua diferença, seja na influência social que têm, na abstenção, nos nulos, nos brancos ou votando em qualquer partido da oposição.photo copyright
Ao contrário do que indicou a esmagadora maioria das sondagens prévias ao acto eleitoral de hoje, aconteceu uma derrota do Partido Socialista por 5 pontos percentuais. Sobem as oposições, PSD, BE e CDS-PP, e desce o partido do governo. Os votos brancos e nulos andam pelos 12 por cento. A abstenção para cima de 62 por cento.
Ainda por cima, parece que na Europa os outros governos socialistas foram igualmente derrotados (Reino Unido, Espanha) mas os partidos de direita na governação (Holanda, França, Polónia ou Itália), não foram castigados pelas suas políticas em tempo de crise.
Há quem fale no «fim de um ciclo político» como Marcelo Rebelo de Sousa, mas se calhar tem mesmo razão e o «PS não tem [agora] hipótese de ganhar com nada de parecido com a maioria absoluta.» Pelo menos ficou mais longe.
A maioria absoluta manifesta que está exausta, para cuja exaustão contribuiu a diabolização e ataque a classes profissionais como os professores. O PS recusou-se sempre a ler os sinais que vinham há muito da sociedade portuguesa (só dos professores houve três mega manifestações em Lisboa) e foi preciso acontecer um acto eleitoral para o perceber e cair em si.
Todavia, José Sócrates, na declaração de derrota de hoje, afastou qualquer cenário de remodelação do governo e prometeu continuar a mesma estratégia política. Ficará com menor espaço de manobra até às legislativas.
E a Madeira perdeu o deputado socialista que teve no parlamento europeu, no mandato anterior.
Recorde-se:
A ministra e a política de educação do PS estão entre os derrotados nas eleições de hoje
Ignorante!
ResponderEliminarÉ remodelação e não remodulação. O governo não funciona por módulos.
O homem perdeu as eleições mas tem razão em querer remodelar os vossos estatutos, as avaliações, etc, etc.
Agradeço o alerta que me permite corrigir a palavra. O problema não é o lapso ortográfico. Não é isso que justifica o ponto de exclamação e tanto incómodo no Anónimo. Contudo, esse tipo de reacção e atitude apenas contribui para reforçar a razão e a luta dos professores.
ResponderEliminarSaudações.