«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

domingo, setembro 27, 2009

The Young Gods

Only Heaven dos The Young Gods é um álbum que, em 1995, não dei o devido apreço. Voltei a ouvi-lo ultimamente e é um disco entre os melhores, pela energia e criatividade, escapando aos cânones impostos pelos estilos musicais, numa mistura única entre industrial, rock psicadélico, electrónica e texturas ambientais. Conseguem diversificar e, simultaneamente, manter unidade e coerência. Conseguem ser intensos e enérgicos e, simultaneamente, ser subtis, contemplativos e dar palco à melodia e às texturas.

Ando agora a ouvir também o Super Ready / Fragmenté (2007), que é também uma obra-prima. Este trio suiço liderado por Franz Treichler continua tão pertinente como há duas décadas. Tenho de ouvir com mais frequência The Young Gods. A música é revitalizante e desafiante.

2 comentários:

  1. É verdade, são dois grandes álbuns mas basta ouvir o início do TV Sky para se ficar agarrado. E o Lucidogen, apesar de mais... alucinogénico, também é muito bom.

    E desculpe a intromissão, mas não resisto a deixar um bocadinho de um post em que relato uma parte da experiência de ver e ouvir Young Gods ao vivo:
    «
    9. O Covil do Lobo: Houve um tempo em que Queima das Fitas significava bons concertos de bandas interessantes (às vezes, improváveis). Depois vieram as queimas com cantores entre o pimba e o popularucho e algures no meio uma fase de transição em que aparecia uma ou outra boa banda na semana toda. Foi nesta altura que me encontrei com os Young Gods. Foi quase a segunda vez. A que podia ter sido a primeira passo à frente que o mosh foi outro.
    Estou a pedir um copo na barraca onde tinha pedido para me guardarem o casaco. Mas começa a chover e, nesse mesmo momento, ouço
    "Soon we will be on your way Say goodbye to yesterday",
    deixo o copo, agarro no casaco do meio de uma caixa e corro, corro, corro, atropelo, empurro, peço licença e chego lá, ao meio, a tempo de desbundar o grande riff. De frente para o palco, em boa posição, consigo pôr os pés sobre o estrado da fiarada eléctrica, casa onde voltava nas pausas do MOSH.»

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  2. @amil: lembro-me perfeitamente desse concerto, a meio da chuva e da lama... sozinho porque ninguém me quis fazer companhia.... Mas valeu a pena, sem dúvida.

    Estava a tentar me lembrar em que ano foi, mas não me lembro. Sabes me dizer qual foi?

    Cumprimentos,
    Rui Jarimba

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