Only Heaven dos The Young Gods é um álbum que, em 1995, não dei o devido apreço. Voltei a ouvi-lo ultimamente e é um disco entre os melhores, pela energia e criatividade, escapando aos cânones impostos pelos estilos musicais, numa mistura única entre industrial, rock psicadélico, electrónica e texturas ambientais. Conseguem diversificar e, simultaneamente, manter unidade e coerência. Conseguem ser intensos e enérgicos e, simultaneamente, ser subtis, contemplativos e dar palco à melodia e às texturas.
Ando agora a ouvir também o Super Ready / Fragmenté (2007), que é também uma obra-prima. Este trio suiço liderado por Franz Treichler continua tão pertinente como há duas décadas. Tenho de ouvir com mais frequência The Young Gods. A música é revitalizante e desafiante.
É verdade, são dois grandes álbuns mas basta ouvir o início do TV Sky para se ficar agarrado. E o Lucidogen, apesar de mais... alucinogénico, também é muito bom.
ResponderEliminarE desculpe a intromissão, mas não resisto a deixar um bocadinho de um post em que relato uma parte da experiência de ver e ouvir Young Gods ao vivo:
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9. O Covil do Lobo: Houve um tempo em que Queima das Fitas significava bons concertos de bandas interessantes (às vezes, improváveis). Depois vieram as queimas com cantores entre o pimba e o popularucho e algures no meio uma fase de transição em que aparecia uma ou outra boa banda na semana toda. Foi nesta altura que me encontrei com os Young Gods. Foi quase a segunda vez. A que podia ter sido a primeira passo à frente que o mosh foi outro.
Estou a pedir um copo na barraca onde tinha pedido para me guardarem o casaco. Mas começa a chover e, nesse mesmo momento, ouço
"Soon we will be on your way Say goodbye to yesterday",
deixo o copo, agarro no casaco do meio de uma caixa e corro, corro, corro, atropelo, empurro, peço licença e chego lá, ao meio, a tempo de desbundar o grande riff. De frente para o palco, em boa posição, consigo pôr os pés sobre o estrado da fiarada eléctrica, casa onde voltava nas pausas do MOSH.»
@amil: lembro-me perfeitamente desse concerto, a meio da chuva e da lama... sozinho porque ninguém me quis fazer companhia.... Mas valeu a pena, sem dúvida.
ResponderEliminarEstava a tentar me lembrar em que ano foi, mas não me lembro. Sabes me dizer qual foi?
Cumprimentos,
Rui Jarimba