Roberto Macedo Alves (desenhador de BD), escreveu em 16 de Março, no Diário, sob o título Arte Sequencial, que a Banda Desenhada «é mais do que um simples meio de expressão, mais do que um meio de comunicação. Gosto de BD desde sempre: ainda antes de saber ler sentia-me eufórico por perceber as sequências de imagens e por desenhar, criar e (re)escrever o mundo à minha maneira!»
Salienta que o «leitor de BD nunca é um leitor passivo - tem que "ler" as imagens da mesma forma que lê o texto porque é a combinação dos dois que torna esta arte única. A narrativa continua nos espaços entre as vinhetas, o leitor tem um maior controlo do fluxo da história, muito mais do que quando vê um filme.»Continua dizendo que, por vezes, a BD é vista como uma «forma de "cultura inferior" - por isso, muitos autores que cultivam as possibilidades expressivas desta arte (como Will Eisner ou David Lloyd) chamam-lhe "Arte Sequencial", porque isto é muito mais do que literatura infantil. Em muitos casos é uma expressão clara de uma cultura popular e aqui reside muito do que hoje se designa por alternativas ou "outros" espaços de emancipação cultural e social. É tudo isto que iremos celebrar de 25 a 27 de Março na Casa das Mudas.»
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