A Madeira não conta com uma estrutura produtiva nem com uma estrutura social que permitam aplicar, em toda a linha, a receita única imposta pela troika, para o reequilíbrio orçamental, sem efeitos devastadores para as empresas e o emprego.
Pode haver um desmoronamento da nossa economia e um colapso social (demasiados madeirenses no desemprego e uma carga fiscal insuportável).
E se nem funções sociais basilares, no interface direto com os cidadãos todos os dias, como a Educação, a Saúde ou a Segurança Social, forem salvaguardadas e começarem a ser ineficientes, neste momento tão sensível, então é o "Deus nos acuda".
Em caso de colapso social e económico, como nos levantaremos depois? Onde estará o tecido empresarial e a energia individual e coletiva?
Todos os dias há notícias (como hoje no Diário: http://www.dnoticias.pt) que ilustram a degradação da situação, como era esperado - não vamos fingir que não.
Não devemos embarcar em catastrofismos, que ainda pioram o estado de coisas e dão cabo do ânimo que resta, mas é preciso estar atento e agir no sentido de encontrar soluções para evitar os males maiores, isto é, precisamente para não chegarmos à catástrofe económica e social.
Nós madeirenses temos de exigir que o parlamento e a governação dêem o seu melhor e façam o que têm a fazer. E sair à rua quando é preciso. Deixar "encher o saco" até explodir de cabeça perdida, caindo em ação bruta e extremismos e adicionando destruição, não é o melhor caminho.
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