«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

sábado, setembro 24, 2005

10. Devendra Banhart

photo credit: xlrecordings.com

Devendra Banhart: New Folk genius
AO CLICAR NO TÍTULO DESTE "POST" PODE OUVIR VÁRIAS CANÇÕES DO NOVO ÁLBUM, ACABADO DE EDITAR
"Criple Crow"
CD XL Recordings
(informação retirada da newsleter 000246 da Ananana)
Banhart adoptou uma abordagem comunal e neo-hippie da folk, o que para todos os efeitos vai ao encontro da tradição social da mesma. Quando não organiza compilações, como foi o caso de "Golden Apples of the Sun", junta nos seus projectos uma mão-cheia de colaboradores, de tal maneira que os trabalhos em seu nome já não lhe são exclusivos.
É o que acontece com "Cripple Crow", em cuja capa, aliás, o encontramos misturado com uma multidão de gente - lá está ele, com a sua barba à guru indiano e os braços abertos, assumindo a persona do corvo aleijado de que se fala no título. Na foto estão os seus amigos músicos, que apenas identifica carinhosamente como "the family" - uma referência é a "cover art" de "The Hangman's Beautiful Daughter", da Incredible String Band, outra o clássico "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", dos Beatles, tema, aliás, da canção "The Beatles".
Muitos dessesamigos são índios ou têm sangue nativo, ou não estivesse o trovador a proceder a um regresso à matriz da América, buscando uma origem que ultrapassa a sua própria linhagem étnica. Ainda assim, alguns temas são cantados em Espanhol, o que se explica pelo facto de Devendra Banhart ter passado a infância na Venezuela.
No estúdio, estiveram com ele Andy Cabic (Vetiver), Noah Georgeson, Thom Monohan e membros dos Currituck Co, dos Espers, dos Yume Bitsu, dos The Blow, dos Feathers e das CocoRosie. Para quem se identifica como cantor folk e anda com companhias destas (as ocoRosie, por exemplo, são uma estranha mistura de new folk e hip-hop/soul, cantados à maneira de Billie Holliday), surpreende o pendor rock psicadélico do álbum. Muito retro, por sinal, remetendo-nos para os anos 1960 e 70, inclusive com o surgimento aqui ou ali de um sitar. Devendra não mudou propriamente de rumo, alargou foi o seu plano de visão. Gostamos das consequências.

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