«And some people say that it's just rock 'n' roll. Oh but it gets you right down to your soul» NICK CAVE

terça-feira, abril 25, 2006

84. A Madeira é um jardim, mas não de cravos

Pela primeira vez desde o 25 de Abril, os deputados da Assembleia Municipal da Madeira não vão assinalar oficialmente o dia da revolução, por decisão de Alberto João Jardim. O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, considerou a situação "deplorável e lamentável", observando que foi a Revolução que criou condições para a autonomia política do arquipélago.

"Quando se comemoram 30 anos das primeiras eleições para as autonomias, nomeadamente para a autonomia da Madeira, aparece o Governo Regional e a Assembleia Regional a dizer que não há que comemorar os 30 anos da sua própria autonomia", ironizou Vasco Lourenço, que falou aos jornalistas durante o jantar comemorativo do 25 de Abril de 1974, ontem, promovido pela associação a que preside, que este ano decorreu em Quarteira, Algarve.
(fonte: SIC online)

4 comentários:

  1. sim, Vasco Lourenço fez muito mais pela Madeira do que AJJ!!!
    Tenham paciencia!

    É só moralistas!

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  2. Penso que não é quem fez mais pela Madeira que está em causa. Sabemos quem projectou esta ilha no meio do Atlântico contra todas as dificuldades inerentes. Contudo, quem fez mais pela Madeira não está acima da crítica em certas opções e formas de actuar, o que não é igual a negar os méritos. Quer se queira quer não, o 25 de Abril e a Autonomia são faces da mesma moeda. São irmãos inseparáveis. O problema será o facto do 25 de Abril ter significados diferentes conforme as ideologias e campos/objectivos político-partidários de cada um, que envolve proximidade e até emotividade. Essas são lutas que não deveriam impedir o acordo, também na Madeira, quanto à essência do 25 de Abril: LIBERTAÇÃO. E haverá argumento substantivo para não comemorar o aniversário da revolução que permitiu a nossa LIBERTAÇÃO?

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  3. PREC? "eliminação" dos privados? fugas para o Brasil com uma mão à frente outa atrás? viver com medo de ser acusado de ser de direita e ser preso por meia duzia de "ganapos", que defendiam que aqueles que geravam valor no tempo do estado novo, eram fascistas?
    Na minha opinião eu vejo o 25 de Abril como o dia da ocupação do Terreiro do Paço, ou expulsão de Marcello Caetano, ou é como o final do decrépito Estado Novo, mas também como o início da época descrita no 1º parágrafo... Como tal, além de eu achar que está longe de significar LIBERTAÇÂO, acho coerente, sério e íntegro que não se queira festejar o inicio de uma época de estado de sítio!!!!
    Mas isto é como alguém (prof. Hermano Saraiva - um "fascista") disse: eu tanto posso estar sentado à esquerda ou à direita de uma(s) pessoa (s).... depende da mesa e da(s) pessoa(s)!
    Acho que neste comentário do professor estamos de acordo!!!!

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  4. Pois, o Vasco Lourenço não é exemplo para ninguém.

    Todavia, a democracia - por vezes doente, é certo, mas ainda assim preferível mil vezes a um regime de partido único - deve-se à Revolução de Abril. E por inerência, esta dívida estende-se à Autonomia.

    E quer queiremos, quer não, a verdade é que os ideiais de Abril ainda não se cumpriram. Não os ideiais comunistas, que tentaram apropria-se da Revolução, mas os ideiais dos homens que fizeram a Revolução.

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