A exposição de Rigo, no Centro de Artes da Calheta, intitulada Jam Sessions, é uma exposição de metade-de-carreira e a sua primeira grande mostra na Madeira, de onde é natural.
Está sedeado em São Francisco, desde há duas décadas. Rigo é um artista nómada, intervencionista urbano, muralista, conceptualista e, sobretudo, activista político. Os seus trabalhos caracterizam-se pela especificidade dos lugares e pela sensibilidade ao contexto. É frequentemente enformada pelo activismo político no qual ele participa.
No texto de apresentação da exposição, pode-se ainda ler que Jam Sessions «refere-se ao modo como Rigo trabalha, tal como faria um músico de jazz, entregando-se a um "improviso", a uma jam com os contextos, os locais, apropriando-se do vernáculo, induzindo à participação, reorientando e reinventando o espaço, elucidando as pulsões da vida diária e da história e dando voz a temas políticos mais silenciados.»
No seus trabalhos de forte carga política, muitos na galeria um, afirma as suas preocupações fundamentais como o colonialismo, repressão política, pobreza e classes sociais, assuntos ambientais e condições urbanas. Neste âmbito, note-se ainda a galeria cinco, que é dedicada a Robert King, presente no Centro das Artes da Calheta em 8 de Fevereiro último, um preso político libertado há cinco anos, após 29 anos em prisão solitária nos EUA, devido a um crime que não cometeu.
(Fica aqui uma entrevista de 2002 que ajudará a conhecer a arte e o artista.)
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