Documentário "Lost Jewel of the Atlantic" estreia em Portugal e na Madeira apesar das ameaças do Governo
A “Jóia Perdida do Atlântico”, um documentário produzido pela organização ambientalista “Save the Waves Coalition”, estreia em Lisboa e na ilha da Madeira, apesar das ameaças dos líderes políticos de Madeira de processar criminalmente aquela organização. O documentário centra-se na luta travada pelos surfistas locais e estrangeiros, para evitar que as obras no litoral da Madeira destruíssem locais importantes para a prática do surf. Alguns destes “surf spots” eram considerados entre os melhores do mundo.
O documentário foi exibido em Santa Cruz, Califórnia, no dia 8 de Maio de 2006, facto que motivou reacções iradas por parte de membros do partido governante da Madeira durante os dias seguintes. Manuel Santos Costa, o porta-voz do [conselho de Governo Regional da Madeira anunciou a decisão] de “processar judicialmente, inclusive nos aspectos criminais” os responsáveis pela produção do documentário, acrescentando que fora ainda deliberado tomar as “demais providências adequadas à defesa da honra e do bom nome da Região, do seu Executivo e da sua população.”
Apesar das ameaças, Will Henry, director executivo da Save the Waves Coalition, decidiu divulgar o documentário na ilha. “O documentário é sobre a Madeira e a população deve ter o direito de ver o filme e julgar por si mesma,” explicou Will Henry. “É um documentário no qual tentámos apresentar todos os pontos de vista, incluindo a posição do governo, que considerou estarem justificadas todas as construções no litoral.”
O documentário argumenta que os projectos de construção como muralhas e marinas destruíram ou danificaram severamente os melhores pontos de surf. Sugere também que as leis ambientais do UE não foram estritamente seguidas, e que os direitos dos surfistas foram completamente ignorados para que mais dinheiro fosse derramado nas estruturas massivas de betão, que agora cercam a ilha. “O clima político em Madeira não é muito democrático,” adicionou Will Henry, cuja experiência de negociação com os políticos da ilha nem sempre foi bem sucedida. “O mesmo presidente e partido político estão no poder há quase trinta anos, e quando eles decidem que algo tem de ser feito, é feito. A parte triste desta situação é que muitos madeirenses estão descontentes com muita da construção, que destruiu a beleza natural da ilha. Na época da construção, muitos deles estavam com medo de dizer algo contra o governo. Agora é demasiado tarde.”
Durante 2002 e 2003, a “Save the Waves”, juntamente com a Quercus e a Cosmos, organizou muitos protestos públicos contra a muralha proposta na pequena vila de Jardim do Mar, pedindo que os construtores redesenhassem essa muralha, com menor tamanho (largura), para que não fosse tão invasivo para a costa natural. O projecto da muralha era tão grande que os surfistas temeram o dano da onda de surf na Ponta Jardim, que é considerada como uma das ondas mais originais do planeta. Foi considerada pela revista “Surfer” como “o melhor point break do mundo com onda grande.” O presidente do Governo da Madeira reagiu de uma maneira muito forte, dizendo que os trabalhos estavam em curso e não iriam parar devido aos protestos de “uns tontos que dizem que a obra estraga as ondas”. "
O documentário argumenta que os projectos de construção como muralhas e marinas destruíram ou danificaram severamente os melhores pontos de surf. Sugere também que as leis ambientais do UE não foram estritamente seguidas, e que os direitos dos surfistas foram completamente ignorados para que mais dinheiro fosse derramado nas estruturas massivas de betão, que agora cercam a ilha.
“O clima político em Madeira não é muito democrático,” adicionou Will Henry, cuja experiência de negociação com os políticos da ilha nem sempre foi bem sucedida. “O mesmo presidente e partido político estão no poder há quase trinta anos, e quando eles decidem que algo tem de ser feito, é feito. A parte triste desta situação é que muitos madeirenses estão descontentes com muita da construção, que destruiu a beleza natural da ilha. Na época da construção, muitos deles estavam com medo de dizer algo contra o governo. Agora é demasiado tarde.”
Durante 2002 e 2003, a “Save the Waves”, juntamente com a Quercus e a Cosmos, organizou muitos protestos públicos contra a muralha proposta na pequena vila de Jardim do Mar, pedindo que os construtores redesenhassem essa muralha, com menor tamanho (largura), para que não fosse tão invasivo para a costa natural. O projecto da muralha era tão grande que os surfistas temeram o dano da onda de surf na Ponta Jardim, que é considerada como uma das ondas mais originais do planeta. Foi considerada pela revista “Surfer” como “o melhor point break do mundo com onda grande.” O presidente do Governo da Madeira reagiu de uma maneira muito forte, dizendo que os trabalhos estavam em curso e não iriam parar devido aos protestos de “uns tontos que dizem que a obra estraga as ondas”.
Mesmo assim, o presidente de Madeira insiste no oposto: “As ondas vêm do mar para terra. Temos aqui uma largura de doze ou quinze metros de protecção ao Jardim do Mar, mas as ondas continuam a se formar no mar. Em vez de se fazer surf quinze metros atrás faz-se o surf com as mesmas ondas quinze metros mais à frente.”“Somente um surfista sabe dizer o que aconteceu à qualidade da onda,” Henry comentou. “O que é que o Sr. Alberto João Jardim sabe sobre o surf? Nada. Isto foi um crime contra a natureza. Não só foi danificada uma das melhores ondas do mundo, como todo o local se converteu num monumento ao betão.”
O filme documentário [foi] divulgado na Ericeira no dia 1 de Setembro, durante a Competição de surf da Buondi e Billabong Pro, e [será] na Madeira nos dias 15, 16, e 17 de Setembro, no Cinemax, sala de cinema na capital da ilha. Para a programação completa e mais informação sobre a divulgação visite por favor www.lostjewel.org.
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