A «nova e indispensável barreira de protecção da marina vai custar 6,9 milhões de euros», dizia o Diário de Notícias em 5 de Março de 2006, a propósito do projecto da empresa holandesa Delft, que prometia reduzir em «75% os efeitos devastadores» das ondas sobre os 400 metros do molhe principal. Segundo consta, parece que este projecto está em banho-maria devido aos seus elevados custos e, mesmo assim, deixar sem rédea 25% da energia das ondas, que embatem no molhe da Marina.
1,3 milhões de euros é o «valor das obras de recuperação já executadas na Marina do Lugar de Baixo e que o tribunal vai decidir quem vai pagar», dava conta o Diário (5.03.2006).
Entretanto, já em Outubro do corrente ano, o Governo anunciou que seriam gastos 4,5 milhões de euros para consolidar a escarpa sobranceira à Marina do Lugar de Baixo, de onde se têm soltado pedras.
Se forem somados estes valores ao «investimento inicial de quase 24 milhões de euros», o custo da Marina do Lugar de Baixo andará pelos 36,7 milhões de euros.
Este montante ultrapassa, por exemplo, os 34 milhões de euros que a Madeira perde, em 2007, nas verbas transferidas em nome dos custos de insularidade e do Fundo de Coesão (menos 12,5 milhões e 21,4 milhões de euros, respectivamente, segundo o Orçamento de Estado de 2007), decorrente da aplicação da nova Lei de Finanças Regionais.
Veja ainda o post Recife artificial é solução para a Marina do Lugar de Baixo, com várias vantagens (por Pedro Bicudo). Diz-se que pode ser mais barato, além de mais eficaz, do que o projecto da empresa holandesa.
Sinceramente, esta obra na costa Madeira bem como a suposta solução do paredão de 5 metros ou 50 metros é, no mínimo, patética e ridícula. Todas estas bujardas mostram que, de facto, não há escola de Obra Marítima em Portugal para locais sem plataforma continental, como são a Madeira e Os Açores. E claro, criou-se mais um Paraíso do Empreiteiro e dos Amigo$ do Empreiteiro. Gostava muito de saber o nome do cérebro que projectou esta infantil e irresponsável "bosta marítima". A fazer-se algo, que será muitíssimo caro, terá que ser feito por baixo de água para afastar a zona de impacto do molhe. E isto só deve ser feito depois de sovar alegremente os responsáveis. Há tambem a hipótese de rebocar o Porto Santo até ao Lugar de Baixo para fazer de "saco de batatas" e a seguir transplantar a Ilha Açoreana de Santa Maria para proteger o Porto Santo e assim sucessivamente... Aos Senhores dirigentes da Madeira e ao Projectista deste escândalo vergonhoso e patético digo: Como pode a Engenharia Portuguesa descer ao nível dos políticos que temos? Tenham vergonha e vão trabalhar paras as Obras!
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