É política, pois. Ontem e antes de ontem, pela boca de dois ministros do Governo da República, ouvimos a governação da Madeira transformada em arma de arremesso político ao ser citada como mau exemplo de gestão e de despesismo. Isto a respeito da dívida "escondida" de 140 milhões detectada pelo Ministério das Finanças e da nova Lei de Finanças Locais. Crítica no que tem de justo e de injusto, já que se corre o risco de alguns fazerem generalizações erradas sobre a Madeira e a Autonomia, como se esta não tivesse virtudes. Mas, quem nos mandou lhes dar certos argumentos? Agora ouvimos o que não queremos.
Diário de Notícias da Madeira 13.10.2006:
A questão é que Santos Silva [ministro dos Assuntos Parlamentares] sustenta as actuais precauções nacionais [rigor através da Lei de Finanças Locais] com a necessidade de «compensar as surpresas que podem vir da fraca gestão da Região Autónoma da Madeira e das autarquias governadas pelo PSD».
«O Governo Regional da Madeira não parece disposto a cumprir as boas regras da gestão pública, mas o Governo da República cumpre e quer gerir bem o dinheiro dos contribuintes», distinguiu o governante.
Diário de Notícias da Madeira 12.10.2006:
Era a deixa para dirigir-se a Marques Mendes, presidente "laranja", que, nas palavras de António Costa [ministro de Estado e da Administração Interna], «costuma ser o paladino do rigor e da transparência.»
No caso das Finanças Locais, contudo, conforme distinguiu, Mendes está «armado em porta-voz do presidente do Governo Regional da Madeira e dos candidatos a "Jardins" que pululam entre os presidentes de câmara do PSD no continente.»
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