Cláudio Torres said...
Não discuto a necessidade da intervenção, a população local poderia a desejar. No entanto, qualquer intervenção (leia-se infra-estruturação) no litoral deve ser alvo de uma avaliação de impacte ambiental, de acordo com a legislação. Este processo inclui uma fase de participação pública, com posterior rearranjo do projecto inicial, adequando-se à sugestões a necessidades das populações. Ora, é aqui que reside o busílis da questão. Nós desconhecemos por completo se esta intervenção no litoral de São Vicente é desejada pelos locais.
Um bom exemplo é o enrocamento da Ribeira Brava, actualmente em construção. Houve um estudo de impacte ambiental colocado em discussão pública, no entanto, o sentimento dos ribeirabravenses é de desânimo, pois parte do património natural e cultural da Ribeira Brava perdeu-se. Acrescente-se ainda o facto de neste caso ter-se iniciado a obra sem ainda sequer se ter terminado o período de discussão pública, só por si era motivo para embargo.
Todas estas obras são fruto do desordenamento e ausência de total de planeamento das zonas costeiras da RAM. A falta que os POOC’s nos fazem…
Cláudio Torres
Terça-feira, Outubro 10, 2006 12:21:00 PM
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