Maria de Lurdes Rodrigues parece querer ser a Margaret Thacther da Educação: cuidado para não estimular a falta de professores, como alerta o director-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura. A nova proposta do Ministério da Educação, naquilo que aniquila o estatuto dos professores portugueses, vai no mau caminho.
Há vários países em que se fazem já sentir falta de professores, fruto de políticas neoliberais que desqualificaram e precarizaram a profissão. A Inglaterra é um desses casos, a que não é alheia a política de Margaret Thacther nos anos 80. Em Portugal, parecemos apostados em tornar a profissão menos apelativa e mais impossível.
Estimativa da UNESCO:
Mundo precisa de 18 milhões novos professores até 2015
A UNESCO disse (5/10/2006) que o mundo vai precisar de 18 milhões novos professores até 2015 e instou as autoridades a promoverem o respeito pelos educadores de modo a aumentar o perfil da profissão de modo a prevenir que no futuro haja falta de docentes.
A América do Norte e a Europa Ocidental também vão ter no futuro falta de professores. “Os professores mais velhos estão a reformar-se enquanto os novos estão menos preocupados com um carreira de longo prazo no ensino”, diz-se na declaração.
Numa declaração a assinalar o Dia Mundial do Professor, o director-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, também prestou homenagem aos educadores que trabalham em zonas de conflito. “Não pode haver solução viável de longo prazo para as nossas necessidades educativas e para a falta de professores sem investimento em formação e medidas para promover o respeito pela profissão docente”, diz Matsuura. Segundo dados da UNESCO, é na África Sub-Sariana que há mais falta de professores, que deverá aumentar a sua força docente em 68 por cento até 2015. No Sul da Ásia e no Médio Oriente, vão ser necessários mais 325 mil professores – particularmente no Afeganistão, onde o número de professores precisa de crescer nove por cento ao ano durante a próxima década.
05.10.2006 - 20h44 AP
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