A luta dos professores, face à proposta de estatuto de carreira, tem amanhã, dia 5 de Outubro, dia mundial do professor, uma jornada a nível nacional. Desta acção de luta resultará um sinal mais ou um sinal menos sobre a mobilização da classe.
Na Madeira, teve lugar ao fim da tarde de hoje, no Jardim Municipal do Funchal, uma vigília, à qual terão comparecido duas ou três centenas de profissionais da educação. Uma fraca adesão e mobilização por parte dos interessados tendo em conta o conteúdo da proposta de estatuto de carreira e os mais de 5 mil docentes a trabalhar na Região. Esperava-se muito maior mobilização quando, em 14 de Junho passado, reuniram-se muitos mais docentes no Parque de Santa Catarina, em dia de greve. Nem a véspera de feriado deu alento ou motivou a tomada de posição activa e espontânea, mais do que justificada nos tempos que correm.
Há quem continue a ter esperança que as arestas serão limadas e que o Ministério da Educação negociará os aspectos mais gravosos e inaceitáveis sem ser forçado a isso através da luta. Ainda haverá quem acredite que o objectivo é premiar o mérito, motivar os professores e melhorar o sistema de ensino. Há quem ainda não tenha percebido que o objectivo é cortar na despesa com os salários a qualquer custo. Há quem continue a acreditar que basta os outros mobilizarem-se. Há quem acredite que, no meio disto tudo, vai com certeza estar entre os premiados com mérito.
Ainda há quem não tenha entendido que a proposta do Ministério da Educação exige ACÇÃO. Uma acção como nunca após a implementação da Democracia em Portugal. A inconsciência ou o conformismo deliberado são indesculpáveis neste momento decisivo para o estatuto e dignidade profissional dos professores portugueses, do que resultarão reflexos negativos para a Educação.
Sem comentários:
Enviar um comentário