Mais de 20 mil desfilaram em Lisboa contra a proposta fundamentalista do Ministério da Educação, numa prova de força e unidade colectiva. (Photo credit: Fenprof)O maior protesto de professores desde sempre em Portugal. Foi bonito de se ver a Avenida da Liberdade, em Lisboa, preenchida de professores de luto e em luta. Os dias 17 e 18 de Outubro serão dias de greve. Lá estaremos para multiplicar o esforço e a força dos milhares que protestaram na capital.
Há esperança. E foram os 20 mil, segundo a polícia, ou cerca de 30 mil, segundo os sindicatos que, hoje, nos fizeram ganhar esse capital de esperança. As expectativas dos sindicatos - 15 mil - foram superadas. Estes milhares de professores não podem estar todos errados senhora ministra. Um quinto dos professores portugueses, segundo a Fenprof, marcharam em Lisboa, em defesa da sua dignidade profissional.
A manifestação nacional, no Dia Mundial do Professor, ganhou um simbolismo extra, para além da força inerente ao números.
O Ministério da Educação fará o que entender: continuar, anti-democraticamente, a não querer estabelecer qualquer plataforma de entendimento, num braço de ferro com os docentes do país, ou vai aceder a negociar. «A ministra tem de tirar conclusões e ilações e não pode ser cega ao descontentamento dos professores», afirmou à Lusa Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional dos Professores - Fenprof.
Curioso que, enquanto a TVI abriu o telejornal das 20h com a manifestação, a RTP1 só às 8h:20m falou do assunto. Apesar de ser o maior protesto de sempre de professores...
«Os professores estão legitimamente preocupados porque algumas das alterações não vão no sentido do que esperariam e são radicalmente diferentes», afirmou a ministra da Educação, reconhecendo a radicalidade e fundamentalismo de muitos elementos da proposta de estatuto de carreira. Alguns atentam mesmo contra direitos constitucionais.
Hoje enfrentou o quarto grande protesto de professores. Mais virão.
Sem comentários:
Enviar um comentário