Nas contas do Correio da Manhã, até 2013, a Ota e o TGV levam 11,4 mil milhões e o investimento global na Educação será de 8,8 mil milhões.
Ora aí está. Perante os números, preto no branco, não há volta a dar. A Educação é essencial para Portugal vencer os desafios do futuro mas a prioridade acaba por deslizar sempre para o betão. É preciso coisas que dêm nas vistas. A Educação nunca é assumida como a primeira prioridade pela nossa sociedade, a não ser nos discursos de circunstância e politicamente correctos. É a prioridade depois da sempre prioridade do betão. É mais fácil (e prioritário) mandar construir a Ota ou o TGV do que resolver o insucesso e abandono escolares.
Se os 11,4 mil milhões, até 2013, fossem para a Educação seria deitar dinheiro, inutilmente, em cima dos problemas. Mas como vão para o betão já não significa deitar dinheiro em cima dos problemas. Em Educação parece que tudo tem de se resolver com pouco ou sem dinheiro, ao ponto de desinvestir-se nos recursos humanos e baratear-se, acentuadamente, o custo do trabalho no sector. No betão, pelo contrário, não se fazem omoletes sem ovos e estão justificadas as soluções mais endinheiradas.
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