Luto por encerrar esta questão do fogo-de-artifício mas não há maneira. Uma nova notícia no Diário (26.01.2006) intitulada Voto do fogo-de-artifício tremido em São Bento dá conta de um novo adiamento da votação da proposta de congratulação apresentada pelos deputados do PSD-Madeira, na Assembleia da República, que pode significar a queda da própria iniciativa. Apesar do texto ter sido reescrito e expurgado da referência ao livro dos recordes, menção que encontrou resistências inclusive na bancada o PSD, por alegada falta de dignidade do Guinness Book.
«Já lá vão três adiamentos da votação. Começa a ganhar consistência a ideia de que a congratulação proposta pelos deputados do PSD-M em São Bento pelo espectáculo pirotécnico madeirense na passagem de ano ficará pelo caminho. E por desistência de quem propõe o voto.»
Não se sabe se a ideia da iniciativa foi da autoria dos três parlamentares do PSD-M à Assembleia da República, temos as nossas reticências, ou se foi um frete (acicatado pelo recorde) encomendado a partir de instâncias insulares.
Independentemente de qualquer citação no livro dos recordes é óbvio que é uma ideia inconsequente, logo infeliz, esta de propor um voto de congratulação.
ResponderEliminarSe por um lado realmente em nada dignifica a região estar no mesmo livro que o homem que mais baratas come por minuto, por outro não há qualquer motivo para congratulação pelo fogo em si.
Estes espectáculos têm um objectivo claro, ou seja, atrair turistas e são estes, o seu número e as vantagens económicas que trazem, que têm que avaliar o espectáculo pirotécnico. A questão é o custo/ benefício porque é possível ser sempre mais e cada vez mais grandioso e espectacular mas, a partir de certo custo, não há retorno. De forma pragmática é preciso dizer que não interessa congratular ninguém porque podemos até fazer melhor e isso não ser benéfico para a região. E se o que importa é a impressão que fica no turista e a imagem que fica da região então não precisamos do Guiness e muito menos de pancadinhas nas costas na Assembleia da República a dizer "bom trabalho, o fogo foi bonito".
Aliás esta ideia de voto de congratulação é uma palhaçada que só devia ser usada em situações muito importantes para o país ou mundo.
Cumprimentos,