Não há maneira de deixar cair o assunto. No seguimento de um artigo de opinião de Gaudêncio Figueira, no Diário de 29.01.2006, intitulado O foguetório, deixamos aqui algumas passagens, que não dispensam uma leitura completa.
«O madeirense entusiasma-se com muita facilidade. Ao ouvir uns foguetes, acompanhados por uma banda de música e um cheirinho a espetada, entra em transe. É assim no aniversário dos clubes de futebol ou noutra qualquer festança. Não interessa quem paga, basta tocarem-lhe na emotividade. Financiem-se os festejos por peditório popular, por emigrante abastado ou (despudorada modernice com 30 anos) com dinheiro dos impostos, o entusiasmo surge logo que se juntam: foguetes, música e espetada.»
«Entende-se, pois, que os foguetes do Fim de Ano calem fundo na 'alma madeirense'.»
«Três insignes cidadãos investidos na condição de nossos representantes na Assembleia da República, sedeados 'no território inimigo do rectângulo' (uso, por se adaptar às circunstâncias, a linguagem do FAMA), ao tomarem conhecimento de que 'O FOGO' ganhara a entrada no Guinness Book of Records, de imediato trataram de alimentar o ego dos seus eleitores propondo, por esse facto, um voto de congratulação a ser aprovado na AR.»
«A proposta provocou burburinho. Os diversos partidos, PSD incluído, discordaram de tal votação.»
«Há, pois, quem prefira potenciar emoções para conquistar votos, e esqueça as verdadeiras razões por que foi eleito.»
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