A Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Carmen Pignatelli, disse hoje que se pode dizer o que se quer, incluindo críticas ao Governo, desde que seja em privado, o contexto «apropriado». E é porque «estamos numa democracia». Imagine-se se não estivessemos.
Isto é grave e dá razão a quem denuncia um clima de «claustrofobia democrática». Só em casa, entre amigos, pois. Desde que não sejam bufos..., terá esquecido alertar...
Tal sucedeu, de acordo com o Portugal Diário baseado em notícia da Lusa, quando refutava as «críticas de insensibilidade social de medidas como a reestruturação das urgências ou o encerramento de blocos de parto, contidas num relatório do Observatório da Saúde». O comentário de pouca «sensibilidade social» estava contido no texto.
«Eu sou a 100 por cento a favor da participação», disse Carmen Pignatelli, acrescentando que «cada um pode dizer o que quer». Face à reacção da plateia a esta frase da governante, com sorrisos e comentários alusivos aos «casos» Charrua e do centro de Saúde de Vieira do Minho, a secretária de Estado sublinhou que «cada um pode dizer o que quer nos locais apropriados».
«Eu aqui nunca poderia dizer mal do Governo. [Mas] como estamos numa democracia, pode-se dizer o que se quer em casa, nas esquinas ou nos cafés entre os amigos. Tem de haver uma sensibilidade social», afirmou.
É caso para dizer: Já chegamos à Madeira, ou quê?!
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ResponderEliminarHá cada tiro no pê...corremos o risco de ter um governo, desde secretários de Estado a ministros, de cambados. Eles não vêm que há coisas que só se deve dizer entre "amigos" mesmo que a temática seja irónicamente essa de dizer o quê e onde!