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Não esqueçamos, pois, que a aparelhagem é sempre um meio para apreciar a música, não um fim em si mesmo, por mais atracção e fascínio que exerça a técnica e a tecnologia. É a música que toca a alma e leva lágrimas aos olhos de homens crescidos.
É a música que merece o investimento emocional, não o sistema de som. O melómano investe sobretudo em música, o audiófilo investe sobretudo em aparelhagens. Este gasta mais do que aquele e, geralmente, cultiva mais insatisfações e frustrações do que o amante de música.
Sem equilíbrio e bom senso, a melomania e a audiofilia, em vez de se encontrarem e se interpotenciarem, podem ter uma relação difícil. Uma deve ajudar a tirar o máximo partido da outra. Quando a aparelhagem cria obstáculos à fruição da música, alto lá, que é preciso parar.
Recorde-se:
Audio e o Santo Graal
Imagem: colunas Sonus Faber
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