Para encher a costa de cimento há muita prontidão e jeito, que deixam de existir quando se trata de garantir a segurança das pessoas.
Na praia do Portinho, no Jardim do Mar, há uma armadilha para os banhistas. As quedas sucedem-se no lodo que preenche a rampa e parte do cais. Um situação que se arrasta no tempo sem que as autoridades resolvam o problema ou alguém se queixe e responsabilize quem de direito, no local próprio.
No passado sábado, um banhista madeirense caiu desamparado no início do cais, no local onde se vêem as pessoas na imagem, e partiu a cabeça. Foi transportado de ambulância para o Hospital Central do Funchal a fim de tratar o golpe e submeter-se a uma série de exames para despistar lesões internas.
Desde a construção da anterior rampa no Jardim do Mar as quedas (algumas violentas) são uma constante. A quem lá está faz impressão assistir a madeirenses e estrangeiros, que deconhecem o perigo, descer a rampa ou o cais.
Sem que uma autoridade local ou regional se digne a colocar um simples sinal de alerta para o perigo de queda.
Sem que se dignem limpar, com a frequência necessária, o lodo que toma conta do cais e rampa. Ao menos a praia de calhau não provocava as quedas violentas nem mandava pessoas para o hospital como tem acontecido.
É contado que um grupo de jovens da localidade já solicitou cal e vassouras para proceder à limpeza mas que nem isso foi facultado. Nem mesmo depois de acontecer os acidentes se há uma iniciativa ou tomada de atitude.
Numa terra decente, as autoridades já teriam sido chamadas a tribunal para indemnizar os banhistas por danos sofridos e garantir, no futuro, a segurança das pessoas.
Mas, para isso, o cidadão lesado tem de agir e despoletar os mecanismos de defesa. Se fica calado consente e incentiva a eternização desta situação de incúria. Ambos os casos de inércia são condenáveis.
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