Professores de luto e em luta 59: ECD Regional X (teoria da conspiração)

Muitos professores (votantes) na Madeira, fragilizados emocional e profissionalmente, quiseram acreditar... e isso tem alimentado a teoria da conspiração à volta do ECD regional.

O ECD regional promete polémica. Há um sector que está convencido de que o Governo Regional está desejoso por aplicar o ECD nacional à Região e que a proposta regional limitou-se a servir um calendário político-eleitoral, para captar os votos de professores, nas antecipadas de Maio último.

Seria algo maquiavélico, do domínio das teorias da conspiração, mas tem a sua lógica e racionalidade, como toda uma boa teoria da conspiração, se quer ter qualquer credibilidade ou efeito de verosimilhança.

Para os que pensam assim, a proposta aprovada na Assembleia Legislativa Regional fará, alegadamente, parte dessa estratégia política, incluindo-se, de forma deliberada, aspectos ilegais e/ou inconstitucionais, para não passar pelo Representante da República na Madeira, Monteiro Diniz, colocando-se, aos olhos da opinião pública, o ónus no Juiz Conselheiro.

Pelo caminho, aproveitar-se-ia ainda para deitar culpas e hostilizar o Sindicato dos Professores da Madeira, que tem lutado por um articulado mais favorável da actual proposta de ECD (quebrando a unanimidade relativamente ao documento como foi proposto) e alegado que não houve negociação com os sindicatos, aspectos que pode fazer cair o ECD Regional, logo no Palácio de São Lourenço. Aí a culpa é do SPM, que não se deu por satisfeito e fez alarde de falsos problemas, como se fosse capaz de influenciar a análise jurídico-constitucional de Monteiro Diniz ou o Representante da República fosse influenciável...

Resumindo, e segundo essa teoria, o Governo Regional, no final e aos olhos da opinião pública, tudo teria feito para resolver o problema a bem dos professores na Madeira, mas que não o deixaram.

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