Deu-se destaque à manchete do Diário, noutro post, quanto ao fomento da indisciplina nas escolas devido à política educativa e atitude do actual Governo da República face aos professores.
Vamos a alguns exemplos regionais, que podem conferir estímulo (proporcionar combustível) a uma cultura de indisciplina e de desafio à autoridade docente, nas escolas. Uma indisciplina que aumenta a olhos vitos nas escolas, desde a "camulflada" até à exposta - violência física e verbal -, não sendo apenas resultado da fanfarronice ou falta de civismo de alunos-rei.
Todos sabemos que a maior autoridade é o exemplo. O exemplo das figuras com especial responsabilidade passa para a sociedade, nomeadamente para a juventude em idade escolar.
O presidente do Governo, no dia 21 de Janeiro, por ocasião do jantar da ASSICOM, fumou um charuto, como noticiado pelo Diário (23.1.2008), no «interior da sala de jantar - local onde está proibido o fumo - já na parte final do repasto, contrariando, assim, aquilo que está estabelecido por lei. A acção de Jardim foi, posteriormente, imitada por muitos dos presentes, de tal forma que até foi providenciada a colocação de alguns cinzeiros no interior da sala.»
Depois disso, foi noticiada a intenção de adaptar a lei anti-tabaco (torná-la mais permissiva) na aplicação à Região.
Contudo, há que reconhecer o facto de o presidente do Governo não ter repetido esse acto de rebeldia face à lei da República de fumar em locais públicos fechados, com a presença de jornalistas ou fontes dos mesmos, a julgar pela ausência de mais notícias.
Recorde-se que, anteriormente, houvera ameaças de não respeitar as chamadas leis da Droga e do Aborto. E os desafios à República para mandar vir a Armada. No fim, essas leis acabaram por ser respeitadas.
Num tempo mais recuado, foi notícia um alegado atirar para a água de um membro da polícia marítima, por um deputado da Assembleia Legislativa Regional, algures no mar do Porto Santo.
Não admira que depois os agentes educativos ou outros, que representam a autoridade do Estado, sejam desrespeitados, desautorizados e não sejam levados a sério, para não dizer enxovalhados na sua actuação legítima, face ao exemplo que vem de cima.
A disciplina pode ser democrática, mas tem de existir, para não minar-se a confiança nas instituições do Estado Democrático.
Apesar da indisciplina registada nas escolas da Região, como noutras partes do país e do mundo ocidental, os madeirenses tornam-se cidadãos subservientes e odedientes para com o que lhes cai em cima. Só na escola se dá espaço (impunidade) para as pulsões indisciplinadas dos alunos-rei.
É muito facil falar que nos profesores temos que ser doceis com os alunos e tolerar mil coisas por conta das histórias tristes que cada um possui, porém , os mesmo se esquecem da dura jornada de trabalho que cada um de nós t~em de ter para manter um padrão aceitável de vida , não digo rico, imagine isto nunca seremos com esta salário, digo sim pelo menos ser possível pagar , como é o meu caso, condução e alimentação para um filho que prestou vestibulinho e estuda em duas etecs.O mais triste é chegar em uma escola para trabalhar e o aluno não ter interesse nenhum e ainda obriga o professor ser um tirano para ser respeitado.Ao chegar em casa estou arrasada , não tenho paciência com meus próprios filhos.Somos todos sobreviventes de uma política injusta e nem mesmos os dirigentes de nosso estado (SP) sabem valorizar seus funcionários.MMQ
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