A ministra da Educação que disse ter perdido os professores mas ganho a opinião pública está agora a perder essa opinião pública. As críticas surgem de muito lado. É cada vez mais uma mulher isolada, numa equipa mantida pela teimosia do Governo de José Sócrates.
Aqui vai um exemplo, no Diário de Notícias da Madeira de hoje:
«A má publicidade do Ministério da Educação, a ideia feita de a classe não quer trabalhar deu força a uma geração de pais que sentou os filhos num trono. As más notas são incompetência de quem ensina e não preguiça de quem não estuda; a indisciplina é sempre com os filhos dos outros.»
«[E]sta ideia de que os professores são imcompetentes e mandriões é a consequência directa da má publicidade que o Governo de José Sócrates fez da classe.»
E ainda outro, na mesma edição (rubrica "duas linhas" por Raquel Gonçalves):
«No meu tempo de escola nem me atrevia a dizer mal do professor em casa para desculpar erros ou omissões. A estratégia seria puramente suicida. Os meus pais, por muito que gostassem do rebento, não permitiam tal ousadia. Ficava à mercê de castigos ou de algo mais doloroso, de acordo com a pedagogia politicamente incorrecta da altura.
Os tempos hoje são outros, e, como em tudo, passou-se do oito para o oitenta. De repente, o professor é o alvo a abater. Porque, como se sabe, os meninos são perfeitos e o sistema é infalível. O Governo dá a ideia de que os docentes são um bando de incompetentes preguiçosos, os pais têm os filhos num pedestal, e o bom senso passou à história.»
Sem comentários:
Enviar um comentário