Após a manifestação de professores, o Ministério da Educação, sem recuar e sem suspender o processo de avaliação dos docentes em curso, mostrou abertura, finalmente, para discutir e resolver o conflito. Num dia.
No outro dia, no entanto, em conferência de imprensa, a ministra disse que o processo de avaliação dos professores não vai ser adiado nem suspenso.
Essa abertura viria acompanhada por flexibilidade, quanto aos prazos e obrigações face a alguns docentes, como disse o secretário de Estado da Educação Jorge Pedreira. Não de suspensão do processo de avaliação. Falou-se no reforço da margem de tempo, para a aplicação do modelo de avaliação pelas escolas.
A Resolução aprovada no Terreiro do Paço, pelos 100 mil professores no dia da Marcha da Indignação, refere que o «Ministério da Educação deve suspender o processo de avaliação até final do ano lectivo, sem que daí resulte qualquer prejuízo para a carreira dos docentes».
O curto adiamento poderia ser útil para um período de experimentação do modelo de avaliação, não inferior a um ano, como defendeu o socialista António Vitorino, antes de ser generalizado.
A ver vamos se se concretizará (e em que termos) a anunciada flexibilização do processo de avaliação, na reunião com os sindicatos, na sexta-feira, dia 14.
Sindicatos e Ministério da Educação terão conceitos diversos de flexibilização, que poderá acabar num meio caminho entre o que as duas partes idealmente pretendiam. Ou seja, num compromisso.
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