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«O Governo norte-americano decidiu acabar com a agonia financeira da Fannie Mae e da Freddie Mac», diz o Público de hoje. E como? «Assumindo o controlo das duas sociedades hipotecárias», isto é, nacionalizando-as.
Nacionalizar e intervir no mercado faz parte do vocabulário socialista e comunista. Quem diria que a maior economia do mundo, em que o mercado é o Deus todo-poderoso, haveria de recorrer, em nome do bom funcionamento do mesmo mercado, claro, às perversões geradas pelo mercado livre, à custa do dinheiro dos contribuintes americanos...
Dizem eles que é para proteger os interesses dos próprios americanos... É fazer todos pagar pelas irresponsabilidades dos dois bancos na bancarrota, ao concederem crédito ao desbarato.
Não significa que sou contra o mercado, mas não me venham com a conversa que é perfeito, sobretudo na versão selvagem do neoliberalismo, e que se auto-regula, como se fosse uma pessoa de bem. O Estado nunca pode deixar de fiscalizar, regular e supervisionar o mercado.
«Trata-se da maior intervenção de que há registo nos EUA. Poderá envolver mais de 300 mil milhões de dólares (cerca de 210 mil milhões de euros), segundo uma estimativa do ex-presidente da Reserva Federal de St. Louis William Poole, e pretende estancar a crise gerada pela concessão de crédito de alto risco (o chamado subprime), que irrompeu no Verão do ano passado, levando a uma forte desvalorização do mercado imobiliário, e transformando-se rapidamente numa crise financeira mundial, com forte subida das taxas de juro.» (Público 9.09.2008).
Ver ainda:
Socialismo na América
A isto chama-se socializar os prejuízos em contraponto ao privatizar os lucros. Os grandes investidores já sabem...devem investir nas empresas que são demasiado grandes para que se possa deixar falir! A estas o Estado deitará a mão... Como é evidente esta salvação será paga pelo mundo todo através da venda de dólares que não são mais do que papéis impressos sem qualquer garantia por trás...Ainda há quem pense que os bancos centrais têm nos seus cofres ouro correspondente ao valor que imprimem...isso acabou em 1973!
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