«As escolas e os professores [...], nos últimos anos trabalhar[am] intensamente, de uma forma diligente, esforçada, para melhorar os resultados» disse a ministra da Educação, citada pelo Público.
«Chumbos no básico e secundário atingiram este ano o valor mais baixo da última década», com a maior diminuição a registar-se no terceiro ciclo, foi hoje noticiado. O abandono escolar também recuou, o que é muito positivo, a confiar nos números publicitados.
Realidade ou jogo de estatística, ficaram oposição e sindicatos a pensar. Contudo, o primeiro-ministro reconheceu o papel e esforço dos professores nos resultados reclamados pelo Governo da República.
Mas, não bastam palavras. É preciso que o reconhecimento do papel dos professores se faça também nas condições que lhes são oferecidas para trabalhar, para se sentirem mais realizados na profissão, para serem valorizados socialmente e ser respeitada a sua dignidade e direitos laborais.
Apesar dos maus tratos dos últimos anos, os docentes revelam uma atitude proactiva e produtiva, que deve merecer outra atitude por parte dos governantes.
Sabe-se que a Associação de Professores de Matemática acusou este ano que a prova da disciplina, no nono ano, foi demasiado fácil: 45 por cento dos alunos tiveram nota negativa, longe dos que chegou aos 72,2 por cento dos estudantes com a mesma nota, em 2006/07.
Esperemos que a avaliação dos docentes dependente também dos resultados dos estudantes não crie meros efeitos estatísticos, de estudantes que avançam sem conhecimentos e competências. A politiquice não serve a Educação.
Recorde-se:
Discurso da treta, o costume
Sem comentários:
Enviar um comentário