This is real bass talking: Genesis Woofer Tower 2.2. Dêem-lhes uma gravação de Steve Albini e um terramoto acontecerá. It is not for the faint of heart.
A falta de graves e a menor proeminência da secção rítmica no novo disco de Metallica, Death Magnetic, deixou-me a pensar nas frequências mais profundas.
Sendo um bass addict fascinam-me os aparelhos de reprodução das baixas frequências. Estas Genesis, na imagem, incluindo as torres para médios e agudos, custam 63 mil dollars (45 mil euros ou 9.000 contos, agora que o dollar está fraco), já com amplificação, e é preciso ter um espaço suficientemente grande para as acomodar.
As torres de woofers - 4 woofers frontais e 4 na traseira - podem receber acima de mil watts de potência. Têm 1.90 de altura, isto é, mais alto do que os mais altos de nós. Há pelo menos um par destes a tocar na Madeira.
Gadgets à parte - o comum mortal tem de contentar-se com as coisas mais simples, que dão plena satisfação na mesma - vamos à música, que é o que de facto interessa, o essencial. A aparelhagem é um instrumento (acessório) e não nos devemos reter muito nele.
Quanto às gravações de qualidade, nomeadamente dando impacto e capacidade de ataque (slam) à secção rítmica - ele próprio começou por tocar guitarra-baixo -, lembro-me sempre do recording engineer Steve Albini (músico no Shellac e ex-Big Black), que consegue captar a essência dos sons. A sua assinatura num disco é garantia de qualidade sonora.
Pixies, Nirvana, Superchunk, PJ Harvey, Mono, Om, Bush, Joanna Newsom, Nina Nastasia, Jawbreaker, Low, Dirty Three, Cheap Trick, Page and Plant, Neurosis ou The Stooges são alguns dos artistas com quem já trabalhou.
Outra marca de Steve Albini é o hábito de manter a vocalização low in the mix ou, pelo menos, muito menos proemimente do que é habitual na música rock. O novo de Metallica tem a vocalização bastante proeminente. O Heavy Metal prefere puxar pelas guitarras e vocalização.
Albini dá muita importância à selecção e colocação dos microfones e prefere gravar "ao vivo", com toda a banda a tocar ao mesmo tempo, no mesmo espaço.
Hoje estive a ouvir o Pilgrimage de Om, acabadinho de chegar dos States via portador, gravado por Steve Albini. A profundidade e impacto (ataque) dos graves conquista-nos.
Chateia-me a música clássica, cujas gravações são fartas em frequências médias e agudas e sofrem de falta de graves.
A propósito:
Death Magnetic, onde moram os graves?
Uma das curiosidades em relação ao Steve Albini é que , sendo um produtor, os discos dos Shellac são gravados directamente sem qualquer efeito de produção :-)
ResponderEliminarabraço