Imaginar o vale esplendoroso do Rabaçal trespassado, nas entranhas, por um teleférico causa terror. Ainda por cima até às 25 Fontes.Será que este tipo de obras são essenciais e economicamente viáveis ou reprodutivas? Só se for em votos da populaça inebriada pelo betão. Não se sabe mais que inventar para mostrar obra feita, numa terra com tantas carências a outros níveis.
O projecto da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste está em fase de discussão pública, mas o próprio «estudo de impacto ambiental sobre o 'Projecto de Execução do Teleférico do Rabaçal' já suscita algumas reservas do ponto de vista do Ambiente», escreveu o Diário em 11.09.2008.
Antes de mais, de acordo com texto no Apontamentos sem nome, «no caso de o sítio em causa abrigar um tipo de habitat natural e/ou uma espécie prioritária, apenas podem ser evocadas razões relacionadas com a saúde do homem ou a segurança pública ou com consequências benéficas primordiais para o ambiente ou, após parecer da Comissão, outras razões imperativas de reconhecido interesse público.»
Ora, nada disto se verifica.
É claro que a capacidade proposta para o teleférico (240 passageiros por hora) leva à degradação dos ecossistemas naturais. Nem é preciso fazer estudos. Como é óbvio também o impacto negativo na paisagem. Há vários impactos «negativos, directos e irreversíveis», como menciona o próprio estudo de impacte ambiental.
O Diário refere ainda o «risco de mortalidade de aves por colisão com os cabos do teleférico, para a degradação da qualidade da água e do ar no Paul da Serra».
«Pela positiva, é destacada a promoção do património natural.» Acho piada a isto. A última coisa que o património natural do Rabaçal precisa é desta "promoção" (despromoção) por causa de uma ideia louca de massificação destrutiva.
É preciso notar que aquela zona é muito ventosa, o que implicaria ter o teleférico parado em muitos dias do ano. Resultado, teria de funcionar sempre outro tipo de transporte terrestre, como hoje acontece.
Depois de impedirem, e muito bem, a descida dos automóveis até às casas do Rabaçal, em favor de uma carrinha camarária, o projecto do teleférico vem contradizer tal medida.
Infelizmente, nestas coisas, o estudos de impacte ambiental, quando pagos pelo promotor da obra, têm de ter as conclusões que pemitam que ela avance...
Há muito dinheiro em jogo. A obra está orçamentada em 5 milhões de euros.
Outras opiniões:
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Cabeças no ar
Teleférico: afinal tínhamos razão
Teleférico do Rabaçal I
Teleférico do Rabaçal II
Teleférico do Rabaçal III
CDS-PP contra construção do teleférico do Rabaçal
(ver notícia da RTP-Madeira no You Tube)
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Deveria de enviar o link da quercus para todos os blogs regionais. Só assim é que se chega a algum lado.
ResponderEliminarDeveria de enviar o link da quercus para todos os blogs regionais. Só assim é que se chega a algum lado.
ResponderEliminarObrigado pela dica. Já agora peço-lhe que colabore nessa missão.
ResponderEliminarUma petição, Espero que ajuda.
ResponderEliminarhttp://www.petitiononline.com/247132/petition.html
É necessária a preparação de uma grande mobilização que inclua manifestação, porque da maneira que conheçemos a actuação politico-governativa na região autónoma da Madeira, cujos projectos, maus ou bons, são sempre irreversíveis não esperemos recuo mesmo que a comissão de avaliação de estudo de impacte ambiental não estejá viciada e, portanto, contrária à perpetuação de tal atentado...muito hipoteticamente falando!
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