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O eleitorado insular é conservador e aposta sempre em quem está no poder, apesar dos erros ou abusos desse poder, ainda por cima com predilecção para as maiorias absolutas com larga margem.
O poder na Madeira nunca mudou, nunca houve alternância em 30 anos. Nos Açores isso aconteceu porque Mota Amaral abandonou a liderança do governo e PSD açorianos. Caso contrário, ainda estaria a presidir ao Governo Regional do arquipélago irmão.
Enquanto em Portugal continental, como na generalidade das democracias, o poder não resiste, normalmente, ao desgaste de dois mandatos, nas democracias autónomas insulares portuguesas os governos resistem a todo a erosão governativa - o eleitorado é à prova de qualquer das vicissitudes do domínio absoluto.
Tanto na Madeira como nos Açores, com tantos rescursos disponíveis para proporcionar progresso económico-social acentuado nas últimas décadas, apenas uma governação desastrosa poderia motivar outro sentido de voto.
Sem a mudança de liderança - por isso Alberto João Jardim não saírá em 2011 - ou uma vasta crise económico-social, o eleitorado insular perdoa todos os erros governativos.
Daí a preferência insular pela democracia musculada.
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