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Segundo o politólogo Pedro Magalhães, há razões que "facilitam a vitória de quem está no poder", nas regiões autónomas, com se pode ler no hoje no Público:
"A dinâmica política eleitoral a nível autonómico é diferente, porque estão em causa comunidades reduzidas, em que as pessoas com frequência têm laços com quem está no poder, ou então estão economicamente dependentes do poder". O poder acaba ainda por "beneficiar do fenómeno da visibilidade."
"A permanência é mais provável porque influenciam mais directamente a vida das pessoas. E porque têm meios orçamentais privilegiados" (a notícia cita o Orçamento do Estado para 2009, que prevê a transferência de uma verba de 208,4 milhões de euros para a Madeira e de 351,7 milhões de euros para os Açores.)
Aliás, é uma tese confirmada pelo presidente do Governo Regional da Madeira: os "apoios que os Açores tiveram, todo o dinheiro que pôde dispor, algum dele à custa da Madeira" ajudam a explicar a vitória do PS nos Açores, pelo que até «se esperava um resultado mais substancial», precisamente devido a essas condições orçamentais privilegiadas, lê-se hoje também no Público.
O grau de dependência das pessoas explica-se também pelos números do emprego público: «segundo dados da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, em 2005, a nível nacional [...] o peso do emprego público na população activa era de 13,5 por cento e na população empregada de 14,6 por cento», enquanto nas regiões autónomas este peso ascendia 17 por cento nos Açores e 16,5 por cento na Madeira.»
«Isto porque, para uma população activa de 109.800 pessoas nos Açores, a população empregada é de 105.300 pessoas e o emprego público é de 18.675 pessoas. Na Madeira, por seu lado, a população activa é de 122.700 pessoas, a população empregada é 117.100 e o emprego público ocupa 20.148 pessoas.»
Há ainda a considerar a variante socio-cultural, de um maior conservadorismo das populações insulares, com menor abertura à mudança e mesmo menor massa crítica, devido ao isolamento.
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