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No outro dia, Manuela Ferreira Leite criticou o governo de Sócrates por insistir no investimento público como dinamizador da economia, quando isso cabe aos privados. No seu entender, o investimento em estradas não é reprodutivo, por não ser um investimento em bens transacionáveis, os que geram de facto riqueza e dinamizam a economia de forma sustentada.
Não quero com isto significar que a líder do PSD tenha toda a razão. Apenas contrasta com o modelo de desenvolvimento seguido na Madeira, por uma governação social-democrata, nas últimas três décadas, em que o investimento público, quase em exclusivo, foi a alavanca dinamizadora da economia regional. Esta abrandou assim que o investimento público, sobretudo à custa dos fundos europeus, decresceu.
«Passada a glória dos anúncios e das inaugurações, ficará apenas uma pequena valia e uma enorme factura a pagar pelos cidadãos e pelas empresas», disse a economista no 31º congresso do seu partido.
Deve ser também por isso que, às vezes, o governo regional se diz pouco liberal e afirma governar à esquerda.
Será ainda umas das razões pelas quais o PSD Madeira não morre de amores por Manuela Ferreira Leite.
Além do mais, como frisou recentemente o líder do PSD Açores, Costa Neves, as «pessoas não têm que fazer a avaliação da governação em função de obras públicas. Obras públicas qualquer um faz e não é preciso o Governo Regional para as fazer, com um bom gabinete de projectos e com as boas empresas que existem na Região e no País, fazem-se as obras todas.»
Recorde-se:
«Obras qualquer um faz»
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