Há contradições mortais que fazem desconfiar de uma anunciada vontade de negociação e de diálogo (ver e ouvir aqui).
Origem da fotografia
1. Depois de dizer que as medidas tomadas hoje pelo Governo «são medidas de grande fôlego que, de facto, criarão e modificarão, efectivamente e com grande impacto, as condições da concretização da avaliação», Maria de Lurdes Rodrigues desdiz-se face a uma outra questão de uma jornalista (perante esta segunda leva de alterações do modelo tal não expõe as fragilidades da avaliação?): «As alterações não são profundas. São alterações de procedimento, de condições de aplicação. Não são profundas. O essencial da avaliação, os princípios que a organizam e estruturam o modelo, mantêm-se. No essencial o modelo não é beliscado. Mantém-se integralmente com todas as suas virtualidades.» «Os princípios básicos não são tocados.»Fala apenas em «ajustamentos normais.»
2. Diz que «manteremos a nossa disponibilidade para negociar e dialogar» mas, logo a seguir, afirma que o modelo de avaliação «não está dependente de nenhum acordo para prosseguir.»
3. Quanto ao modelo de avaliação, depois de «reduzir de três para duas o número de aulas a observar» e que «apenas se realize por solicitação dos professores» avaliados, a ministra afirmaria que é «essencial o mecanismo de observação das aulas», já que «há muito que a OCDE recomenda a [sua] introdução».
Em que ficamos então?
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