A demasiada dispersão e o demasiado tempo passado na escola pelas crianças é um problema real. Maior problema do que esse é o tempo na escola não ser rentabilizado devido à atitude negativa dos estudantes perante o trabalho escolar, à má atitude cívica (indisciplina e violência) e ao pouco rigor no sistema (permissividade).
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«Excesso de trabalhos de casa prejudica a aquisição de conhecimento» e «crianças trabalham mais do que os adultos», lia-se no Correio da Manhã de 19.5.2009.
«Uma criança pequena em idade escolar trabalha, em média, nove horas por dia, o "exacto equivalente ao trabalho profissional de vida de um adulto", o que representa malefícios físicos, psicológicos e morais. A conclusão é da investigadora Maria José Araújo, do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto. Para a especialista, os trabalhos de casa (TPC) "são inúteis no sentido de que só fazem apelo à memória e não ao conhecimento". Como tal, depois de trabalharem as cinco horas obrigatórias na escola, as crianças deveriam apenas brincar, que "é para elas também uma forma de adquirirem conhecimento".»
O Correio da Manhã ouviu ainda Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que «defende que os TPC "exigem que os pais dêem aulas em casa, mas os professores não podem esquecer que há um conjunto de pais que têm muito baixas qualificações escolares e, portanto, não têm competência para ajudar".»
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