O artigo intitulado Gratuitos perdem 478 mil leitores (31.07.2009) deixa entender que a crise no Diário de Notícias da Madeira, que levou ao corte de custos e, mais recentemente, ao despedimento de 13 trabalhadores, não pode ser imputado ao subsidiado e gratuito Jornal da Madeira.
Uma das razões invocadas pela Empresa Diário de Notícias é, precisamente, a «distorção das regras da concorrência praticada pelo Governo Regional através do Jornal da Madeira» (ler mais). Será a gratuitidade um (relevante) factor de concorrência?
Na notícia acima citada, podemos ler que a «grande quebra dá-se na imprensa gratuita, que no segundo trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo do ano passado, registou uma quebra de 478 mil leitores, registando assim metade da audiência dos títulos pagos. Ou seja, de acordo com o Bareme Imprensa os diários pagos foram lidos por 2.883 mil pessoas, enquanto os títulos de distribuição gratuita se situaram nos 1.414 mil leitores».
O leitor que quer estar bem informado não se importa de pagar pela informação de referência, independente e de qualidade.
Suspeito que os leitores que o Diário de Notícias perdeu, e que buscam a tal informação de referência, estarão órfãos, isto é, não passaram a consumir o subsidiado e gratuito Jornal da Madeira, cuja natureza ou matriz da informação todos sabem qual é. Os leitores sabem distinguir. Será então que o conteúdo informativo do Diário de Notícias da Madeira perdeu capacidade de diferenciação?
Recorde-se:
Crise anunciada? 1
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